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GESTÃO e Avaliação de Políticas

Por:   •  19/4/2018  •  1.273 Palavras (6 Páginas)  •  276 Visualizações

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por plantões seguidos e em várias unidades de saúde, inclusive em cidades diferentes).

A unidade não apresenta problemas relacionados a descumprimento de horário, pois desde o mês de julho do corrente ano as unidades contam com ponto eletrônico. Entretanto, a coordenadora alegou que antes do ponto eletrônico havia esse descompromisso, principalmente por parte do médico que ainda trabalhava na localidade. Com a instalação do ponto eletrônico, o médico não quis permanecer, pois isso lhe impossibilitava de manter uma jornada dupla, tendo em vista que com o não comprometimento de horário propiciava o profissional desempenhar atividades em outros municípios e após a instalação, isso ficou inviável. Todos os salários, por outro lado, estavam em dia. Atrasos não ocorrem há pelo menos uns 10 anos. A entrevista alegou ainda que alguns dos profissionais (técnicos) recebem insalubridade.

Outra questão diz respeito à presença de ginecologista apenas duas vezes por mês, o que promove o desenvolvimento de longas filas de espera. Vale salientar que não há assistente social na equipe, nem mesmo recepcionista na unidade. Os usuários são recebidos e atendidos pelo profissional mais próximo geograficamente. O assistente social apenas compõe a equipe do NASF (juntamente com psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e nutricionista).

De acordo com a profissional entrevistada, coordenadora da unidade, não faltam insumos como soro e gazes há bastante tempo nas unidades do município, de maneira que atendem, assim, às necessidades dos usuários. Os recursos provêm do próprio município.

A unidade também enfrenta, embora com menor frequência, a falta de medicamentos. Segundo a relatora, isso ocorre apenas quando está faltando nas distribuidoras, e quando isso acontece as unidades ficam desabastecidas. Quando o problema nas distribuidoras é sanado e os medicamentos voltam a ficar disponíveis, acontece algumas vezes da quantidade solicitada não dar conta da demanda atrasada e das novas que chegam à unidade. A Cetralina, por exemplo, está em falta há um mês devido a problemas na distribuidora.

São ofertados, na unidade de saúde, exames de sangue em geral. O serviço de raios-X é ofertado pelo município através de convênio com clínicas particulares da cidade, porém não estão sendo ofertados mais nos municípios porque nenhuma das clínicas ganhou o processo licitatório. Dessa forma os usuários têm que se deslocar para a capital ou para Angicos para realizar o procedimento, tornando o serviço mais caro e mais demorado. Os exames de ultrassonografia são oferecidos através de convênio entre a prefeitura de Lajes e clínicas particulares da cidade. Já as consultas e exames de média e alta complexidade não são realizados na unidade.

De acordo com a relatora, o paciente que precisar de cardiologista, ortopedista, reumatologia, oftalmologista, dentre outras especialidades, precisará se deslocar para outras cidades, principalmente para a capital. Para que os pacientes tenham acesso a essas consultas é necessária muita paciência, pois demoram meses e até anos. Todos os dias saem carros com pacientes para realizar consultas e exames em Natal.

No que tange à infraestrutura, não foram identificados problemas. A entrevistada alegou que recentemente, no ano de 2013, havia sido realizada uma reforma nas instalações do posto de saúde, de maneira que apresentava-se, naquele momento, em boas condições. A unidade não apresentou também problemas relacionados à limpeza. Todas contam com uma ASG, que trabalha das 7h30min às 11h30min e das 13 h às 17 h. Quando questionada acerca da unidade, uma usuária alegou que “não tinha nada a reclamar” e que “todos são uma família”.

 

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Diante do exposto, pode-se depreender que a referida unidade de saúde encontra-se numa situação de adequação ao que a ela é preconizado. Além disso, comparativamente com as unidades de Natal, apresenta um quadro discrepante no que tange ao atendimento em geral e no respeito à dignidade da pessoa humana. O ponto em que poderia se concentrar maior crítica diz respeito à maior necessidade de articulação da unidade com todos os níveis de complexidade da rede de saúde. Dessa maneira, percebe-se que essa vivência foi muito importante na formação acadêmica das alunas a ela submetidas pois possibilitou uma aproximação com a realidade da saúde pública em um dos municípios do interior do estado do Rio Grande do Norte.

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