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A P AVALIAÇÃO

Por:   •  25/12/2017  •  2.318 Palavras (10 Páginas)  •  283 Visualizações

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Terceira fase: pré-testagem é recomendável fazer uma pré-testagem das questões e do instrumento de medida em sua totalidade. Para tanto, sempre é

possível trabalhar com uma amostra de indivíduos com características similares à do grupo de alunos. A expectativa é, fundamentalmente, identificar itens defeituosos, graus de dificuldade e discriminação, tamanho do teste, tempo de realização, enfim, todas as inconsistências e incorreções porventura existentes Quarta fase: aplicação Nesta fase, é indispensável que a orientação aos examinandos seja adequada e precisa, tanto no que se refere ao melhor entendimento das questões, quanto à correta apresentação das respostas no caderno, folha ou cartão de respostas. Quinta fase: correção Em diversas instituições de ensino, as classificações e seus efeitos têm consideráveis impactos, muitas vezes negativos, sobre crianças e jovens em processos de formação. Assim, cabe a todos os professores e instituições de ensino tomar todos os cuidados, preferencialmente evitando hierarquizar seus alunos e acirrar as competições entre eles. Há muito claramente, pelo menos, dois propósitos educacionais: educar para Ser e educar para Ter. A opção por um ou outro não é aleatória ou ingênua. Educar para Ser significa educar o Sujeito para seu próprio deleite, para que se delicie como ser humano, que se realize como pessoa na relação com os outros e com as coisas. Educar para Ter está associado à instrumentalização do sujeito para acumular bens, consumir etc. Nesse sentido, age em conformidade com as emulações sociais, podendo tornar-se ambicioso, competitivo. Segundo a lógica da Teoria do Capital Humano, os Estados que investem na educação das crianças, jovens e adultos se beneficiam na medida que se tornam mais produtivos, sofisticados consumistas etc. As modalidades de avaliação com referências a objetivos e a competências e habilidades têm sido usadas em conformidade com a Teoria do Capital Humano. A história da avaliação por objetivos relaciona-se com o período da Segunda Guerra Mundial, com a reconstrução no pós-guerra e com a reordenação do processo produtivo no Brasil, a partir do final dos anos 50. Naquela ocasião, de modo semelhante ao que ocorria no mundo do trabalho fabril, a objetivação do trabalho pedagógico implicou também a adoção de princípios de racionalidade, efi ciência e produtividade. A avaliação por objetivos significa um avanço no âmbito da avaliação como operação de medida ao trazer, para o centro do processo, os objetivos cognitivos e as taxionomias de objetivos cognitivos e afetivos, particularmente a taxionomia elaborada por Benjamin S. Bloom e equipe. O fato de ser um avanço, entretanto, não a exime de críticas. Tem sido acusada de ser redutora, unidimensional e adialética, de ser invadida pelo imaginário empresarial e aproximar-se dos balanços contábeis, e de ser tida como balanços somativos; nada mais que isso. A avaliação com referência a competências e habilidades, assim como as demais modalidades já estudadas, situa-se no âmbito do paradigma objetivista. Todas, a seu modo, apresentam-se preocupadas com a efi ciência do ensino e da aprendizagem. Como as demais, ela também deixa de tornar relevante a subjetividade de cada aluno, isto é, deixa de trazer para o centro da cena educacional o modo de ser, fazer, viver, enfim, a individualidade de cada um. O surgimento desta nova tendência/modalidade de avaliação, em consonância com seu tempo, tem a ver com as necessidades de inserção do país no mundo globalizado, daí a ressignificação das práticas escolares de ensino, aprendizagem e avaliação, visando a que o aluno aprenda a aprender, saiba ser, saiba fazer, e saiba conviver. A LDB,o Documento Básico do ENEM e o Relatório para a Unesco da Comissão Internacional para a Educação para o século XXI permitem-nos apreender o teor do discurso oficial brasileiro direcionado para a educação dos nossos jovens e das nossas crianças. Permitem-nos também destacar a importância que a Pedagogia e, também, a avaliação com referência a competências e habilidades passam a ter na formação do aluno, para atuar em um mundo onde o trabalho, cada vez mais, se “desmaterializa”, com suas máquinas se tornando mais inteligentes e suas tarefas de produção mais intelectualizadas. A avaliação para a tomada de decisão é uma modalidade avaliativa que se insere no âmbito do paradigma subjetivista. Apresenta duas vertentes: a proposta de Stuffl ebeam e a de Luckesi, observando-se que ambas se preocupam com o sucesso dos alunos na ação de formação. Luckesi, porém, influenciado pela Teoria Crítica, tem a expectativa de que essa avaliação possa contribuir para a emancipação do estudante, sempre considerado como sujeito do seu processo de aprendizagem e futuro cidadão livre, vivendo em uma sociedade democrática e justa. Nas duas vertentes, o conceito é o mesmo: avaliar é emitir um juízo de qualidade, com base em dados relevantes – colhidos ao longo da ação de formação – com vistas à tomada de decisão. A avaliação para a tomada de decisão, assim como outras modalidades avaliativas,

também se apresenta sujeita a críticas. Algumas destas críticas talvez sejam as mais consistentes e admiráveis. Tais críticas relevam seus problemas técnicos, de execução e de limites, assim como seu uso estratégico. Contudo, é importante seu uso em processos de formação comprometidos com a construção de uma sociedade livre, democrática, justa, de cidadãos não-alienados pela indústria cultural.

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