Águas Subterrâneas

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A água forma no planeta a hidrosfera, que consiste de reservatórios como os oceanos, uma vasta extensão de água salgada a qual cobre três quartos da terra, sendo também denominado mar; as geleiras, uma grande massa de gelo formada nas regiões polares; os rios, curso de água natural, que corre de uma parte mais elevada para uma mais baixa, desaguando em outros rios ou mares; os lagos, acumulação de águas permanentes em um terreno fechado; a atmosfera, que é a camada de ar que envolve a terra; as águas subterrâneas, águas que correm abaixo da superfície terrestre; e a biosfera, que consiste de um conjunto de ecossistemas existentes no mundo. A interação entre estes reservatórios (ciclo hidrológico) é um dos processos dinâmicos externos mais importantes do planeta.

As águas subterrâneas, um dos reservatórios da hidrosfera que constituem o ciclo da água em uma parcela de água infiltrada, são águas que ocupam vazios em formações rochosas ou no regolito (manto de intemperismo), preenchendo poros ou vazios intergranulares das rochas sedimentares, ou as fissuras das rochas compactas, tendo grande impacto, quando submetidas a forças de adesão (características dos materiais presentes) e gravidade, na manutenção da umidade do solo, fluxo de rios e etc. O próprio movimento dessas águas e seu armazenamento serão controlados por estes e outros fatores relacionados, além de representarem uma considerável fatia de água doce (volume cem vezes maior do que as águas superficiais, de acordo com estudos hidrológicos recentes), onde se encontram principalmente em aquíferos.

As principais características das águas subterrâneas são as grandes quantidades de minerais em algumas localidades, a complexidade da extração dessas águas, devido a rochas muito duras e a profundidade de seus aquíferos, ser apropriada para o consumo humano, uma vez que a água é quase totalmente doce, entre outras. São usadas em diversas atividades, como em residências, agricultura e indústrias e na substituição da água encanada, quando esta não está presente nas casas (geralmente regiões afastadas dos centros urbanos). O Brasil possui muitos aquíferos, encontrando-se em maior quantidade no aquífero Guarani (35 trilhões de metros cúbicos), além dele outros não menos importantes são o de Barreiras, Solimões e Alter do Chão, Cabeças, Serra Grande e Poti-Piauí, Açu e São Sebastião.

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Ciclo da Água, Água subterrânea e sua ação geológica

A água é a substância mais abundante na superfície do planeta participando dos seus processos modeladores pela dissolução de materiais terrestres e do transporte de partículas. É o melhor e mais comum solvente disponível na natureza e seu papel no intemperismo químico é evidenciado pela hidrolise. Nos rios, a água é responsável pelo transporte de partículas, desde a forma iônica até cascalhos e blocos, representando o meio mais eficiente de erosão da superfície terrestre. Sob forma de gelo, acumula-se em grandes volumes, inclusive geleiras, escarificando o terreno, arrastando blocos rochosos e esculpindo a paisagem.

Sua importância na superfície terrestre é atestada ainda quando se comparam as áreas cobertas por água e gelo com aquelas de terra firme: do total de 510x106 km2 da superfície da terra, 310x106 km2 são cobertos por oceanos, em contraposição a 184,94x106 km2 de terra firme, resultando numa proporção entre superfície e marítima e terra firme de 2,42:1. Considerando-se que cerca de 2,5x106 km2 por geleiras, esta relação fica ainda mais desfavorável para as terras emersas. Por isso a terra é chamada de planeta azul quando vista do espaço: é a cor da água. Em superfície, a água também é importante, alimentando poços, hoje responsáveis por significante abastecimento de água em grandes centros urbanos e áreas áridas.

É a água que mantém a vida sobre a terra, pela fotossíntese, que produz biomassa pela reação entre CO2 e H2O. Neste contexto biológico devemos lembrar que praticamente 80% do corpo humano é composto por água.

A origem da água, sua distribuição em superfície e subsuperfície, assim como o movimento entre seus reservatórios naturais são temas do presente capítulo, todos fundamentais para orientar o aproveitamento, manejo e proteção dos mananciais hídricos do planeta terra.

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O Movimento de Água no Sistema Terra – Ciclo Hidrológico

A água distribui-se na atmosfera e na parte superficial da crosta até uma profundidade de aproximadamente 10 km abaixo da interface atmosférica/crosta, constituindo a hidrosfera, que consiste em uma série de reservatórios como oceanos, geleiras, rios lagos, vapor de água atmosférica, água subterrânea e água retida nos seres vivos. O constante intercambio entre estes reservatórios compreende o ciclo da água ou ciclo hidrológico, movimentado pela energia solar, e representa o processo mais importante da dinâmica externa da Terra.

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Origem da Água

No ciclo hidrológico acompanha-se o percurso de uma gota pelos reservatórios naturais. E sua origem está nos passos iniciais da diferenciação do planeta, relacionada com a formação da atmosfera, ou seja, a degaseificação da terra. Este termo se refere a liberação de um gás por um sólido ou líquido quando este é aquecido ou resfriado. Este processo, atuante até hoje, teve início na fase de resfriamento gera; da terra, após a fase inicial de fusão parcial. Neste gradativo resfriamento e formação de rochas ígneas, foram liberados gases principalmente vapor de água (H2O) e gás carbônico (CO2), entre vários outros, como subprodutos voláteis de cristalização do magma. A geração de água sob forma de vapor é observada atualmente em erupções vulcânicas, sendo chamada de água juvenil, suportando o modelo acima, sobre a origem da água. Existe as hipóteses sobre o volume de agua que atualmente compõe a hidrosfera, pergunta-se se foi gerado gradativamente ao longo do tempo geológico ou surgiu repentinamente em um certo momento desta história, os geólogos defendem a segunda possibilidade. Existem evidencias geoquímicas que suportam a formação de quase toda atmosfera e a agua hoje disponível nessa primeira fase de resfriamento da terra; desde então, este volume teria sofrido pequenas variações, apenas por reciclagem, através do ciclo da rocha.

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