O MÉTODO DA DIALÉTICA DE PLATÃO
Por: Carolina234 • 7/5/2018 • 1.174 Palavras (5 Páginas) • 302 Visualizações
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Sócrates argumenta em prol da imortalidade da alma. O princípio causai “mais sutil” implica que, se a presença de uma coisa torna x F, então esta coisa não pode ser não F. Por exemplo, se a presença de fogo na água torna a água quente, então o fogo não pode ser não quente. Dado que a presença da alma torna o corpo vivo, se segue que a alma não pode ser não viva. Ela não pode morrer. Ela é imortal.
Sócrates propõe reconstruir a cidade ideal, com base em duas hipóteses: que “nenhum de nós é autossuficiente, mas todos precisamos de muitas coisas” e que “cada um de nós difere dos outros de algum modo quanto à natureza, um sendo afeito a uma tarefa; um outro, a outra”. Ou seja, implicaria que cada classe desempenhasse o seu papel na sociedade. Assim, Sócrates sugere que a alma também consiste em três partes ordenadas como as partes da cidade ideal, e, assim, a justiça individual é vista como sendo cada parte da alma – apetite, ardor e razão – realizando o seu papel. Com esta explicação da natureza da justiça, Sócrates mostra que a justiça é um bem desejado por si mesmo e por suas consequências.
O Método Sucedâneo
Para Platão, a dialética não pode ser representado nos diálogos. Ela é um modo não discursivo. Deve ser posto em prática, não ser descrito ou representado. O que Platão descreve ou apresenta é o método sucedâneo da hipótese.
GRAUS DE ENVOLVIMENTO EPISTEMOLÓGICO
A epistemologia surgiu com Platão, onde ele ia contra a crença e a opinião ao conhecimento, por serem subjetivos ou por serem um tipo de crença justificada. O conhecimento para Platão é um conjunto de informações que explicam o mundo. A epistemologia estuda a origem, os métodos e a validade do conhecimento. Compreende a possibilidade do conhecimento, ou seja, se é possível alcançar o conhecimento total, e da origem do conhecimento. As raízes da epistemologia não vão para além dos diálogos platônicos.
Neste sentido, o caráter de Sócrates nos primeiros diálogos de Platão seria classificado como o de um epistemólogo, pois conclui que as outras pessoas ao seu redor fracassam em certos testes da posse de conhecimento. Porém, como Socrates não oferece nenhuma análise do conhecimento nos primeiros diálogos, ele não está em posição de reconhecer o aspacto da epistemologia.
Socrates começa a se interessar em realizar testes para verificar se a pessoa que se diz sabia realmente possui alguma sabedoria, porém, não há muitos relatos sobre isso. O mais famoso é do oráculo de Delfos que disse “ninguém é mais sábio que Sócrates”. Então, a partir disso, Socrates se põe a investigar este enigma procurando indivíduos na cidade reputados pela sabedoria e os interrogando para determinar se eram realmente sábios e o oráculo estava errado ou se não tinham a sabedoria que pensavam possuir. Resultado: ele diz que cada um dele se revelava, após o exame, não ser realmente sábio. Porém, não há explicações dos motivos pelos quais ele os classificava desta maneira.
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