Nobreza e Arete
Por: YdecRupolo • 22/5/2018 • 1.239 Palavras (5 Páginas) • 387 Visualizações
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São os carentes de atenção, amor, ou qualquer coisa gênero. Mas esse era o pensamento vigente num primeiro momento. Pode-se ver que ofender a honra de alguém era uma das maiores ofensas imagináveis.
“O pensamento ético dos grandes filósofos atenienses permanece fiel à sua origem aristocrática, ao reconhecer que a Arete só pode atingir a perfeição em almas de escol. O reconhecimento da grandeza de alma como a mais elevada expressão da personalidade espiritual e ética fundamenta-se, tanto para Aristóteles como para Homero, na dignidade da Arete. A honra é o troféu da Arete; é o tributo pago à destreza. A altivez provém, assim, da Arete, mas daí resulta igualmente que a altivez e a magnanimidade são o que já de mais difícil para o Homem”
Fazendo uma analogia entre os períodos homéricos e Aristóteles, o filme 300 (2007), aborda conceitos relacionados à história grega que retrata o perfil do homem, momento real da história em que a batalha efetivamente aconteceu na região norte da Grécia, Ásia Menor, em 480 a.C. o embate incidiu entre gregos e persas, mas também entre duas idéias que se opõem tão ou mais vigorosamente do que os guerreiros envolvidos. O Rei Leônidas (e o seu grupo de 300 espartanos) traduz a Ética e o uso convicto da Razão: guerra pela justiça, pela honra, pelo dever (de rei), pela dignidade e pelo respeito de ao seu povo.
Xerxes incorpora de modo incomparável o ídolo andrógino na aparência inconfundível, nos gestos lentos e cheios de ambiguidade, no discurso ardiloso o querer "terra e água”. Em súmula, Xerxes vence a batalha em campo ao aniquilar fisicamente os guerreiros espartanos, mas não vence o embate das idéias (Razão). O Rei Leônidas passa à História como Homem Histórico Forte, possuidor de valores tais como: coragem, amizade, amor, honra, dever, lealdade e solidariedade.
Todo o filme em sua história de guerra mostra o heroísmo, como um sentimento de nobreza que prevalecia na vontade dos gregos, ou seja, na Arete guerreira, onde estes homens arriscavam suas vidas e as entregava a fé em si mesma nos campos de batalhas. A Arete heróica em que a honra prepondera sobre qualquer bem material, momento em que Xerxes o oferece e Leônidas o rejeita. Um verdadeiro herói não lembrado somente em vida, suas palavras e ações vencem a mortalidade do homem, sua honra pode ser respeitada pelos deuses se forem justos, como também pode não ser se não o fizer.
Destarte, o velho conceito guerreiro de Arete teve de ser ampliado ante a nova imagem do Homem perfeito “para o qual ao lado da ação estava a nobreza do espírito, e só na união de ambas se encontrava o verdadeiro objetivo”. compreende-se que o eu não é o sujeito físico, mas o mais alto ideal de Homem que o espírito consegue forjar e que todo nobre aspira a realizar em si próprio. Só o mais alto amor deste eu, em que está implícita a mais elevada Arete, é capaz de ‘fazer sua a beleza’. As pirar à ‘beleza’ que para os Gregos significa ao mesmo tempo nobreza e eleição e fazê-la sua é não perder nenhuma ocasião de conquistar o prêmio da mais alta Arete.
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