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O Futurismo e Cubismo

Por:   •  27/6/2018  •  2.914 Palavras (12 Páginas)  •  393 Visualizações

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A origem do termo é incerta, existem diversas conjecturas sobre seu significado, porém para Head “é um termo ambíguo, de origem escarniana e aplicação restrita.” (HEAD, 2001, Pág 67). Uma das teorias sugere que foi assim nomeado pela primeira vez por Apollinaire, onde em letra de imprensa se refere assim aos pintores que botaram em questão os pressupostos básicos da arte ocidental retratando os seus temas em forma de cubo.

Foi um dos movimentos mais revolucionários da arte moderna, sua proposta estética, basicamente, trata da representatividade das estruturas da natureza geometrizando-as e planificando-as.

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Seus moldes foram pensados em meio à “repudia”, se podemos assim nos referir, da já saturada arte formal ocidental. As referências das culturas africanas e Ibéricas foram que caracterizaram o movimento fortemente. “Os pintores cubistas também refaziam os temas que pintavam em uma só dimensão, abrindo toda a estrutura tridimensional em uma estrutura plana. As pinturas nunca haviam se modificado tanto desde o renascimento.” (CHIPP, 1996). As técnicas utilizadas para a reprodução das obras se davam em desmontar os objetos e depois montá-los de novo, sem a preocupação com a verossimilhança.

A maior concentração de artistas cubistas se encontrou exatamente no continente de seu nascimento, a Europa, lá esteve a maior quantidade de artistas adeptos do movimento que se sobrelevaram nesta forma de manifestação artística, dentre estes artistas, os mais insignes, além dos seus lideres, que por sinal pouco falavam do movimento, Pablo Picasso e Georges Braque são: Albert Gleizes, Fernand Léger, Francis Picabia, Robert Delaunay, Roger de La Fresnaye, e Juan Gris, além dos dois poetas críticos mais ligados ao movimento Guillaume Apollinaire e André Salmon.

O Cubismo se dividiu em: Cubismo cézanniano (entre os anos de 1907 e 1909) - é a fase na qual se dará dá início ao Cubismo, período marcado pela forte presença das obras de Paul Cézanne. Cubismo Analítico (entre os anos de 1910 e 1912), fase marcada pela união dos trabalhos criados separadamente por Picasso e Braque. Buscava produzir uma imagem conceptual de um objeto, em vez da sua imagem perceptiva ou visual, “é caracterizado pela fragmentação da obra. O artista decompõe a obra em partes, registrando todos os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total da figura em todos os ângulos no mesmo instante”. Cubismo Sintético (entre os anos de 1913 e 1914), “fase marcada pelo uso de colagens e cores marcantes. As cores eram mais fortes e as formas geralmente vistas de um ângulo apenas, tentando tornar as figuras novamente reconhecíveis. As obras eram feitas através de colagens realizadas com letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal, pequenas partes de jornal e até mesmo de objetos inteiros”, representado por Juan Gris, grande influenciador da fase.

O movimento se encerrou no ano de 1914, com a deflagração da guerra. Na Europa já não foi unânime sua aceitação, após um longo período de produção seus seguidores simplesmente o abandonaram.

Paralelamente ao impulsionamento cubista, mais ou menos no ano de 1909 é publicado na França, na revista Le Fígaro de París para ser mais exato, um manifesto escrito em 1908 pelo poeta Filippo Tommaso Marinett, dono da revista literária Poesia. Neste manifesto o escritor fala de uma arte que deveria voltar as costas para o passado, se apropriando dos materiais e técnicas clássicos para se preocupar com o futuro, com a cidade barulhenta e a indústria, nomeando-a de Futurista.

Declaramos que o esplendor do mundo foi aumentado por uma nova beleza: a beleza da velocidade. Um carro de corrida, sua carroceria ornamentada por grandes tubos que parecem serpentes com respiração explosiva... Um automóvel estridente que parece correr como uma metralha é mais belo do que a Vitória Alada de Samotrácia... A beleza agora só existe na luta. Uma obra que não seja agressiva não pode ser uma obra prima... Queremos glorificar a guerra – a única higiene do mundo –, o militarismo, o patriotismo, o ato destrutivo dos anarquistas, as belas idéias pelas quais um indivíduo morre, o desprezo pelas mulheres. Queremos destruir os museus, as bibliotecas e as academias de todas as espécies, e combater o moralismo, o feminismo e todas as torpezas oportunistas e utilitárias. Cantaremos as grandes multidões excitadas pelo trabalho, o prazer ou os motins, as marés multicoloridas e de milhares de vozes da revolução em capitais modernas. Cantaremos a incandescência noturna e vibrante de arsenais e estaleiros, refulgindo em violentas luas elétricas, as vorazes estações devorando suas fumegantes serpentes, as locomotivas de peitorais robustos que escavam o solo de seus trilhos como enormes cavalos de aço que têm por arreios poderosas bielas motrizes, e o vôo suave dos aviões, suas hélices açoitadas pelo vento como bandeiras e parecendo bater palmas de aprovação, qual multidão entusiástica. Lançamos da Itália para o mundo esse nosso manifesto de violência irrefreável e incendiária, com o qual fundamos hoje o Futurismo, porque queremos libertar esta terra do fétido câncer de professores, arqueólogos, guias e antiquários. (filho se isso é uma citação, dizer de quem é e reduzí-la, esta muito grande. (MARINETT , 1909. Le Fígaro)

Em fevereiro de 1910 fora publicado o Manifesto dos pintores futuristas elaborado por Marinetti e outros artistas, mais tarde, em março, eles lançam um outro bem mais especifico intitulado Pintura futurista: Manifesto técnico voltado para o direcionamento das pessoas acerca da estrutura do movimento. O futurismo foi praticamente uma ode ao desenvolvimento que estava acontecendo e que viria a acontecer

“O que valia, agora, era a onipresença das criações tecnológicas, que garantiram seu lugar na urbis desde o advento da Revolução Industrial e que, nesse momento, eram vistas sob nova perspectiva além daquela do medo do novo, que marcou o século XIX.” (FÓROIS, 2006 Pág. 3)

Este movimento foi por muitos, de maneira equivocada, considerado um produto do cubismo, porém, ambas as correntes são de raízes distintas. O movimento futurista, de sua parte, sofre influencias de uma nova expressão que se apresentou na pintura alemã denominada de expressionismo, tal confusão se sucedeu por artistas futuristas se apropriarem de alguns aspectos da linguagem cubista, porém era notável a diferença das obras dos movimentos, as obras futuristas procuram retratar o movimento, a dinamicidade das coisas. A primeira exposição realmente notável do movimento foi no ano de 1911 em Milão,

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