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Implantação de laptops

Por:   •  16/4/2018  •  2.874 Palavras (12 Páginas)  •  283 Visualizações

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Orçamento.................................................................... pag. 11

Considerações Finais................................................... pag. 11 e 12

Referência bibliográficas.............................................. pag. 12

Notebooks e informatização nas escolas mudam realidade de alunos

Introdução

O uso de laptops educacionais nas salas de aulas já é uma realidade em muitas escolas. No Paraguay, uma ONG teve a iniciativa de algo que parecia impossível, ela conseguiu disponibilizar computadores portáteis para cerca de dez mil estudantes, e isso tudo aconteceu em uma pequena cidade de um pais considerado subdesenvolvido. Essa ONG estava ligada à uma fundação norte-americana chamada One Laptop Per Child, que começou a distribuição de computadores entre professores e alunos de escolas públicas e particulares.

No Brasil, um projeto semelhante é levado adiante pelo governo federal e pela CCE, o programa já atinge dezenas de escolas em seis estados brasileiros, onde professores e alunos têm acesso ao sistema que visa a inclusão digital e ao aumento na cadeia produtiva comercial brasileira. Computadores e tecnologias de informação e comunicação (TICs) fazem parte do nosso cotidiano, tanto em ambientes comerciais como profissionais. Mas o que se vê são computadores isolados em uma sala especialmente designada como o laboratório de informática educativa (LIE), ao qual em diversos contextos os estudantes são levados para realizar tarefas muitas vezes desvinculadas das atividades de sala de aula ou simplismente para jogar nos computadores.

Nessa perspectiva, os LIEs se caracteriza como espaço em que um professor é especialmente designado para que as atividades sejam ali desenvolvidas. Embora muito esteja sendo dito sobre a introdução da tecnologia no contexto educacional, aparentemente pouco tem sido feito para incluí-la nas salas de aula, ambientes de aprendizagem, nas ações cognitivas dos estudantes e no fazer docente. O simples fato de haver tecnologia de última geração na escola, com LIEs e lousas digitais não assegura que haja mudanças efetivas no processo de ensino-aprendizagem. Seria suficiente substituirmos os antigos quadros-negros por lousas interativas? Supomos que muito mais precisa ser levado em consideração se quisermos introduzir as tecnologias digitais nos ambientes escolares buscando desenvolvimento e aprendizagem efetivamente.

É preciso avançar além da simples implementação técnica de computadores e internet nas escolas, entendendo como as relações didático­pedagógicas (que envolvem os alunos, professores e gestores) acontecem com as novas tecnologias e que dificuldades há nessas relações (Mazzilli, 2005). Faz­se necessário o aprofundamento nas formas de observação e análise de como acontecem as interações, as práticas, as novas possibilidades e as relações didático­pedagógicas com a presença das novas tecnologias.

Mas como professores e alunos estão se adaptando a essas novas ferramentas e que impacto isso causará nos processos de aprendizagem e de formação de professores?

Inserção de laptops a nível nacional

O programa nacional de informática na educação (proinfo), vem aumentando suas ações nas escolas públicas de ensino fundamental, com a introdução de um projeto conhecido como “um computador por aluno’’ (UCA) versão brasileira do projeto internacional “One Laptop Per Child’’.

Esse projeto pode ser oportunidade para transformar as práticas escolares, começando com programas de qualificação para os professores e o envolvimento dos estudantes de escolas públicas em atividades que privilegiam a aprendizagem baseada na interação, na cooperação e na construção do conhecimento, com laptops conectados à internet. No entanto, esse movimento pedagógico é muito mais longo e complexo do que a mera introdução de laptops na sala de aula e também deve estar preocupado com a importância de se apontarem mudanças nas propostas político-pedagógicas das escolas de modo a alinhar possibilidades oferecidas pelo uso do laptop educacional com estratégias pedagógicas inovadoras, favorecendo o surgimento de redes colaborativas voltadas para o desenvolvimento de conceitos e a socialização do conhecimento.

Se, no passado, as tecnologias digitais ficavam isoladas nos LIEs, distantes das salas de aula e das práticas cotidianas dos estudantes e, aparecendo no planejamento dos professores, a situação atual em algumas escolas e que há um laptop por professor e por estudante poderá, de certa forma, criar um desiquilíbrio da ordem.

Formação dos professores

Um novo paradigma educacional Um Computador Por Aluno traz à tona a necessidade de aprofundar a discussão sobre a formação do professor, condição necessária e primordial para a construção de um modelo educacional com o professor como mediador do processo de aprendizagem e não apenas como um transmissor de informações.

De acordo com Valente (1997b; 1998), o computador é uma ferramenta que pode auxiliar o professor a promover aprendizagem, autonomia e criatividade do aluno. Mas, para que isto aconteça, é necessário que o professor assuma o papel de mediador da interação entre aluno, conhecimento e computador, o que supõe formação para o exercício desse papel.

Prado e Valente (2003) destacam que a formação de professores capazes de utilizar tecnologias (em especial, o computador) na educação, exige não apenas o domínio dos recursos, mas também uma prática pedagógica reflexiva que contemple o contexto de trabalho do professor.

O impacto do uso dos computadores na educação básica

No Brasil, alguns estudos realizados a partir de dados do Sistema de Avaliaçao da Educação Básica (Saeb) permitem vislumbrar horizontes diversos. O Saeb e o Censo Escolar, contém algumas informações sobre o acesso na escola a laboratórios de informática, aulas particulares de computação e inglês. A manipulação de microdados complementada por algumas fontes secundárias possibilitam mapear o acesso a Inclusão Digital através das escolas por unidade da federação e em alguns casos por município.

A pesquisa Mapa da exclusão digital publicada pela FGV (Neri, 2003) traça perfis nos diversos segmentos da sociedade incluindo elementos como acesso ao capital físico (computadores, periféricos etc.), capital

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