Percepção
Por: kamys17 • 28/2/2018 • 2.683 Palavras (11 Páginas) • 258 Visualizações
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FATORES QUE INFLUENCIAM NA PERCEPÇÃO
O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).
Fatores externos
Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade (pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal).
Fatores internos
Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação (prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenômeno social que explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos (por exemplo, os livros e os filmes a que se dá mais importância em Portugal não despertam a mesma atenção no Japão).
TEORIAS DA PERCEPÇÃO
Teoria Associacionista
Wundt define como objeto da psicologia o estudo da mente, da experiência consciente do Homem – a consciência – e é no seu laboratório, em Leipzing que Wundt vai procurar conhecer os elementos constitutivos da consciência, a forma como se relacionam e associam (concepção associacionista) que considera a percepção como um mosaico de sensações. Primeiro se percebem as sensações isoladas e depois o cérebro associa estas sensações para construir a percepção global do objeto. “O sujeito adota um papel passivo”
Teoria cognitiva
Estudam a percepção estabelecendo analogias entre o funcionamento da mente e o dos computadores. “É “um processo construtivo por parte do sujeito”. “O sujeito é ativo”
Teoria da Gestalt
De acordo com os gestaltistas, o processo da percepção encontra-se entre os estímulos fornecidos pelo meio e a resposta do indivíduo. Desta forma, o que é percebido pelo indivíduo e como é percebido são importantes elementos para que se possa compreender o comportamento humano. Assim como para o Behaviorismo, a Gestalt entende a Psicologia como uma ciência que estuda o comportamento, todavia, com suas diferenças teóricas – os behavioristas estudavam o comportamento pela relação estímulo-resposta e desconsideravam os conteúdos conscientes devido à impossibilidade de controla-los de modo científico. De acordo com os gestaltistas, o comportamento deveria ser observado em seus aspectos mais globais e deveria haver a consideração das condições que alteram a percepção do estímulo. Como justificativa a essa teoria, embasavam-se na teoria do isomorfismo – esta pressupunha uma ideia de unidade no universo e pressupunha que a parte sempre se relacionava ao todo. Quando se vê somente a parte de um determinado objeto, por exemplo, há a tendência da restauração do equilíbrio da forma e isso garante que se entenda o objeto que se está percebendo. “Esse fenômeno da percepção é norteado pela busca de fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura (objeto)” (TEIXEIRA, 2007, p.60).
É nos fenômenos da percepção que a Gestalt descobre as condições para a compreensão do comportamento do homem. A maneira como se percebe o estímulo provocará o comportamento humano. Vale explicitar alguns princípios fundamentais e a partir dos quais a percepção se configura:
- “o todo é mais do que a soma das partes”: significa que ao se observar um objeto, há a tendência de se perceber a totalidade do objeto.
- Princípio de fechamento: afirma que há a tendência de se buscar na memória algum elemento que seja próximo do objeto, na questão de conteúdo e forma, para facilitar a compreensão do mesmo.
- Princípio de proximidade: ao se perceber um objeto, há a tendência de que ele seja agrupado de acordo com a relação de proximidade que ele possui com outro objeto.
- Princípio de semelhança: tendência do homem de agrupar os elementos de acordo com suas semelhanças.
- Relação entre figura e fundo: uma parte surge do todo e se discrimina do resto da gravura. A parte que surge é a figura e os outros elementos são o fundo. Assim, o objeto que se percebe de modo imediato é sempre a figura.
TIPOS DE PERCEPÇÃO
A percepção está presente em todo novo conhecimento que adquirimos, e também na administração da organização e seleção do processo complexo que temos de perceber o mundo e os estímulos ao redor. Devido a isso, temos em nosso organismo, sistemas e sentidos que agem como facilitadores neste processo. Para entendermos como a percepção se aprimora, devemos entender que existem tipos diferentes de percepções que são:
PERCEPÇÃO VISUAL
Uma parte significativa de nosso córtex cerebral é dedicada principalmente ao processamento visual, essa parte considerável está localizada no lobo occipital que é responsável pela interpretação de todos os estímulos visuais.[pic 1]
A visão é a percepção de raios luminosos pelo sistema visual. Esta é a forma de percepção mais estudada pela psicologia da percepção. A visão fornece informações sobre nosso ambiente sem necessidade de proximidade, como no caso de sabor, toque
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