Biosegurança

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Já os riscos químicos são aqueles que possam, de alguma forma, penetrar em nosso organismo. Podem ter contato com o nosso corpo pela via respiratória, nas formas de poeira, fumos, gases ou vapores, pela pele ou até mesmo por ingestão. As pessoas que usam as substâncias químicas, gases, líquidos ou sólidos devem conhecer a classificação das mesmas, que são solventes orgânicos, materiais explosivos, irritantes ao olho, pele, entre outros. Mas também materiais corrosivos, tóxicos ou cáusticos. Estes materiais tem de ser manipulados em locais adequados, para que exista segurança tanto para o operador, quanto para o meio ambiente. No final, então, é preciso que existam cuidados com o descarte dos materiais.

Em se tratando de riscos biológicos, podemos concluir que são amostrar que vem de seres vivos como bactérias, animais, seres humanos, parasitas, fungos, plantas, entre outros. Pode-se citar o sangue, peças cirúrgicas, biópsias, urina, escarro, saliva, entre outras secreções também.

Podemos considerar que são riscos de acidentes qualquer item que ponha em risco um aluno, um trabalhador ou qualquer pessoa que esteja dentro do laboratório ou qualquer lugar de trabalho onde seja aplicada a biossegurança. Equipamentos sem proteção, risco de incêndio ou até mesmo explosão, arranjo físico e armazenamento de materiais inadequadamente são exemplos de riscos de acidente.

Por último, falaremos sobre os riscos ergonômicos, onde considera-se qualquer fator que interfira na psicofisiologia da pessoa, ou seja, causa desconforto ou afeta a sua saúde. Esses riscos se referem às condições dos projetos dos laboratórios como a distância em relação a altura dos balcões, prateleiras, gaveteiros, cadeiras, circulação e obstrução de áreas de trabalho. Os espaços do local de trabalho, como um laboratório, devem ser adequados para o profissional conseguir realizar o trabalho esperado, a limpeza e a manutenção tem de estar em dia, garantindo que a biossegurança seja aplicada e que tenha o menor risco possível de choques acidentais.

Na Odontologia, nas áreas que envolvem biossegurança, sendo a área da saúde, ou não, é necessário entender os tipos de contaminação. A princípio temos a contaminação direta e também a infeção cruzada. A contaminação direta é a transferência rápida do agente agressor, sem a interferência de outros veículos. Já a infecção cruzada é ocasionada pela transmissão de um microrganismo de um paciente para outro, geralmente pelo pessoal, ambiente ou um instrumento laboratorial contaminado. Muito comum acontecer em consultórios odontológicos, pois o cirurgião-dentista usa um instrumental e nem sempre tem o cuidado de esterilizar corretamente os seus materiais, e acaba acontecendo a infecção cruzada. Estudos têm documentado que esta transmissão ocorre principalmente do paciente para o profissional e menos frequente o contrário. Também pode ser transmitido de modo vertical, ou seja, quando um dentista infectado transmite a hepatite B de modo pré- natal (Cottone, 1991).

Aqui temos um esquema de como funcionam as contaminações:

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2. REGRAS NO LABORATÓRIO E PREVENÇÃO

- Procurar treinamento e informação antes de iniciar atividades ou utilizar equipamentos;

- Não comer, beber, armazenar alimentos em geladeiras, máquinas de gelo ou câmaras frias do laboratório;

- Usar EPIs;

- Não aplicar maquiagem, pentear cabelo, manipular lentes de contato, etc.;

- Não pipetar com a boca;

- Não tocar em maçanetas, telefones, olhos, nariz, bolsas, bolsos, telefones, etc. com luvas;

- Obedecer as regras de descarte de material biológico;

- Lave as mãos sempre;

- Não retirar canetas ou qualquer outro instrumento do laboratório sem descontaminar antes.

- Não mastigar lápis/caneta e não roer as unhas;

- Conheça o Mapa de Riscos de seu local de trabalho

- Um aviso na porta do laboratório deverá ser colocado indicando a natureza do agente patogênico com que se trabalha;

- O laboratório deve ser mantido limpo e em ordem, devendo serem dele retirados quaisquer materiais que não tenham relação com o trabalho;

- As bancadas do laboratório devem ter a superfície muito lisa, de maneira a serem facilmente limpas e desinfetadas;

- As superfícies das bancadas devem ser recobertas com papel absorvente, sempre que exista a possibilidade de respingos de material perigoso;

- As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez por dia e sempre que ocorrer caso de derramamento de substâncias potencialmente perigosas;

- Use sempre avental ou uniforme enquanto estiver no laboratório; estas roupas não devem sair do recinto de trabalho e, devem ser desinfetadas por procedimentos adequados;

- Em todos os trabalhos nos quais existe possibilidade de contato direto acidental com sangue, material infeccioso ou animais infectados, devem ser usadas luvas; estas luvas, antes de descartadas, devem ser esterilizadas em autoclaves;

- Deve ser desenvolvido no pessoal o hábito de conservar as mãos longe da boca, nariz, olhos e rosto;

- Deve ser evitado o uso de barba quando se trabalha com microrganismos perigosos

- Todos os procedimentos devem ser efetuados de maneira a se evitar, ao máximo, a formação de aerossóis;

- Somente deverão ser autorizadas a entrar no laboratório pessoas que tenham sido informadas sobre os possíveis riscos e satisfaçam os requisitos que se exigem para o acesso; durante o trabalho, as portas devem ser mantidas fechadas; somente terão acesso ao local, animais e pessoas autorizadas; não se deve permitir a entrada de crianças no laboratório;

- Não se deve permitir a entrada no laboratório de animais que não tenham relação com os trabalhos que estão sendo efetuados; αDeve ser estabelecido um programa de luta contra os insetos e roedores;

- As sub-culturas de micro-organismos infecciosos devem ser feitas em capelas;

- Nunca umedeça rótulos com a língua;