Técnica de higienização na nutrição
Por: Sara • 19/9/2018 • 3.466 Palavras (14 Páginas) • 315 Visualizações
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O processo de desinfecção até hoje ainda vem sido confundido com o processo de esterilização. Isso ocorre, pois o processo de desinfecção pode ser classificado num processo de nível alto, intermediário ou baixo, sendo que o nível alto assemelha-se a esterilização, enquanto alguns esporos podem sobreviver à desinfecção de nível intermediário e muitos microrganismos permanecem em baixos níveis de desinfecção.Podendo ser realizados com o uso de substancias químicas, radiação ultravioleta, água fervendo ou vapor, na prática, o método mais utilizado são com produtos químicos, (um desinfetante).
Tabela 1: Métodos de Desinfecção.
[pic 1]Fonte: Microbiologia Médica.
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ASSEPSIA
Atualmente assepsia faz parte da promoção á saúde, é a técnica utilizada a fim de minimizar o aparecimento e disseminação de infecção nos princípios de técnica asséptica. Caracterizada pela ausência de patógenos, são procedimentos que auxiliam na redução do risco de infecções, podendo ser médica ou cirúrgica.
A assepsia médica inclui procedimentos para reduzir o número de organismos presentes e previne também a transferência dos mesmos. Como por exemplo, higiene das mãos, técnicas de barreira e limpeza ambiental de rotina. Importante resaltar que essas técnicas também devem ser realizadas em casa, com a higienização das mãos com água e sabão antes do preparo dos alimentos.
Equipamentos de proteção individual também são utilizados para atingir a assepsia clínica. As recomendações para higienização das mãos e o uso de IPI são fornecidos nas diretrizes de precaução-padrão e diretrizes de precaução baseadas na transmissão delineadas pelos Centers of Disease Control and Prevention. (Vayhans W. B, 2012)
A desinfecção e a limpeza são técnicas de assepsia clínica usada para remover microrganismos de equipamentos e suprimentos utilizados na assistência ao paciente. A limpeza remove a sujeira visível, e a desinfecção requer o uso de produtos químicos.
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ANTISSEPSIA
É um conjunto de critérios afim de inibir o crescimento de microrganismos e/ou remove-los, podendo ou não destruí-los, e para isso, utilizamos antissépticos ou desinfetantes. “Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície.” (ANVISA).
A descontaminação de tecidos vivos por meio de antissepsia depende basicamente de dois processos: a degermação e a antissepsia. A degermação, remove impurezas depositadas na pele, detergentes sintéticos e sabões são utilizados na degermação, removendo mecanicamente grande parte da flora transitória que ficam sobre a superfície da pele. Já o processo de antissepsia destrói os microrganismos das camadas superficiais e profundas da pele, com o uso de agentes germicidas de baixa causticidade, hipoalergenico destinadas a aplicação no tecido vivo. O antisséptico deve exercer a açãogermicida sobre a flora cutâneo-mucosa em presença de sangue, soro, muco ou pus, sem irritar a pele ou as mucosas.
Como descrito acima, a antissepsia é o uso de um antisséptico com função bacteriostática ou bactericida, que agirá na flora residente da pele. Entre eles, existem vários tipos, com diferentes princípios ativos, variam também sua ação, quanto a concentração e o tempo de efeito residual. Os antissépticos são utilizados na antissepsia das mãos dos profissionais e pele ou mucosa de pacientes em áreas que passaram por algum tipo de procedimento. Devendo atender os seguintes requisitos: ação antimicrobiana e rápida, efeito residual cumulativo, não causar hipersensibilidade, e não absorção sistêmica.
Tabela 2: Agentes antisséptico [pic 2]
Fonte: Microbiologia Médica.
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IMPACTO DA PROMOÇÃO E MELHORIAS NA ADESÃO ÁS PRÁTICAS DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
Mundialmente a higienização das mãos é caracterizada como medida primária de prevenção no controle de infecções ligadas ao apoio à saúde. Consequentemente se tornou um dos pilares do controle e da prevenção de infecções nos serviços de saúde, englobando infeções decorrentes de transmissão cruzada, por microrganismos multirresistentes.
A adesão dos profissionais de saúde quanto as práticas de higiene das mãos como rotina diária ainda é baixa, tendo de ser estimulada para que esses profissionais tomem consciência da importância de tal hábito. Os principais fatores que contribuem para esta baixa adesão são a falta de tempo, irritação da pele devido produtos inadequados, sobrecarga de trabalho, uso de luvas e conhecimento inadequado das indicações para a higienização das mãos. Faz-se necessário reformular essas práticas nos serviços de saúde, na tentativa de mudar hábitos dominantes, a modo de aumentar a adesão de higiene das mãos. A Portaria do Ministério da Saúde (MS) n° 2.616, de 12 de maio de 1998, estabelece as ações mínimas a serem desenvolvidas sistematicamente, com vistas à redução da incidência e da gravidade das infecções relacionadas aos serviços de saúde.
A atenção à segurança do paciente quando se trata de higienização das mãos tem sido analisada como prioridade. Um exemplo disso é a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) apoiada em intervenções e ações que têm reduzido os problemas relacionados com a segurança dos pacientes nos países integrantes dessa aliança. (World Health Organization 2016). Tal ação ressalta o quanto esse tema é reconhecido como questão global. Tendo que as mãos são as principais ferramentas dos profissionais da área da saúde, afinal, através delas executam todas suas atividades. Desde modo, a segurança dos pacientes, depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos dos profissionais da saúde.
Infecções associadas a saúde são um grande problema, podendo contaminar tanto o paciente, quanto os profissionais da saúde, resultando em gastos excessivos para o sistema. Podendo ainda, ter como efeito processos e indenizações, nos casos de negligencia no tempo de assistência prestada.
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BIOSSEGURANÇA E CUIDADO COM A MÃOS
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