O Vegetarianismo

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Judeus se apoiam em algumas passagens da bíblia pra uma prescrição de dieta saudável:

"E Deus disse, Eu vos dei cada semente de erva, que estão por toda a terra, cada arvore, nas quais estão os frutos de semente; para vocês elas servirão de comer" (Gênesis 1:29).

O Cristianismo primitivo via o vegetarianismo de maneira similar. Um jejum modificado para purificar o corpo, pois evitar a carne era uma maneira de aumentar a disciplina e a força de vontade necessária para resistir às tentações. Isso tornou muito comum no comportamento cristão da época, e essa crença foi passada adiante ao longo dos anos de uma forma ou de outra, como por exemplo, a proibição de carne, exceto o peixe, da Igreja Católica Romana nas sextas durante a Quaresma.

As ligações de religiões com o vegetarianismo se tornaram popular na Inglaterra do século quinze, a qual é provavelmente a época de nascimento do vegetarianismo moderno.

Thomas Tryon um filosofo autodidata e aluno do místico protestante Jakob Boehmen, declarou em 1657, que a voz da sabedoria pedia autonegação e, portanto ele abandonara todo tipo de carne, e iria se dispor de água e vegetais. Seu livro, O Caminho da Saúde, publicado em 1691, fala sobre uma dieta vegetariana e era amplamente lido pelos pensadores da época.

A mensagem de Tryon também influenciou o Dr. George Cheyne, um famoso médico de Londres. Que por anos de indulgencia tinha quase em torno de 250 quilos, assim ele decidiu seguir a dieta vegetariana descrita por Tryon. O fundador da Igreja Metodista, John Wesley, foi paciente de Cheyne e convertido ao vegetarianismo.

O sucesso dessa dieta, tanto para ele, quanto para os outros, fez Cheyne publicar em 1724 o Ensaio sobre Saúde e Vida Longeva, recomendando uma dieta sem carne. Seu livro continuou popular e ainda estava sendo impresso 46 anos depois de sua publicação inaugural. Dentre aqueles influenciados pelas suas recomendações estava o Dr. William Lambe, que defendia que o uso da carne dos animais é um desvio das leis de sua natureza, e é uma causa universal de doenças e mortes prematuras.

Argumentos como esse chamaram a atenção de William Cowherd, um clérigo dissidente da Igreja da Inglaterra. Em 1800, rompendo com a igreja, ele estabeleceu sua própria seita em Manchester, e a única coisa necessária para a filiação à sua Igreja Crista Bíblica era a adesão a uma dieta vegetariana por pelo menos seis meses.

William Medcalfe se juntou ao grupo em 1809 e em 1823 seu livro Abstinência de Carne Animal se tornou o primeiro livro sobre vegetarianismo publicado nos EUA.

O vegetarianismo americano foi quase um acidente decorrido da preocupação com a Guerra Civil. Durante aquele tempo, a crescente IgrejaAdventista do Sétimo Dia manteve as ideias vegetarianas.

Nutricionistas dos anos vinte e trinta não tinham muita disposição tanto para condenar quanto para promover o vegetarianismo, sentindo que faltavam boas evidencias para ambas as posições.A explosão das pesquisas cientificas, depois da Segunda Guerra removeram muito do estigma da dieta sem carne.

É estimado que cerca de 4% da população de adultos americanos são vegetarianos. A principal razão dada para a adoção do estilo vegetariano foi o desejo de eliminar o sofrimento causado aos animais. Seguido de saúde e preocupação ecológica.

Mas o que um vegetariano come? Como ser adepto?

Adeptos do vegetarianismo têm suas receitas, dietas diferenciadas e algumas dicas, para quem quer se tornar um adepto.

Seguindo a linha de pensamento o melhor passo a fazer é adicionar primeiro, e subtrair depois. Ao invés de começar cortando coisas do cardápio, começar adicionando novos alimentos, vários legumes, frutas e grãos diferentes, na sequência, diminuir progressivamente o consumo de produtos de origem animal e aumentar o consumo de produtos de origem vegetal. Passar a comer carne somente uma vez por semana, e aumentar a quantidade de vegetais.

O ideal é que a mudança seja feita de umamaneira suave, assim o corpo não terá problema em se adaptar ao novo regime e nem sentirá falta dos alimentos que for eliminando do cardápio.

Lembrar dos pratos vegetais que sempre fizeram parte da sua dieta e dos que podem ser adaptados facilmente sempre ajuda bastante, pois em vez de pensar em tudo que não vai mais poder comer tentar lembrar, de pratos conhecidos e apreciados por todos, ajuda a se adaptar.

Adicionar mais alimentos 100% integrais, como arroz integral, milho em grãos, cevada em grãos entre outros, e não aos produtos industrializados feitos com farinha de cereais integrais, como biscoitos, bolachas e bolos.

Usar mais a vitamina C, pois ela estimula a absorção do ferro no organismo. Incluindo frutos e sementes oleaginosas no seu cardápio diário, como castanhas de caju, castanha do Pará, amêndoa, noz, linhaça, semente de girassol, pois são ricas em minerais, vitaminas, proteínas e antioxidantes.

A vitamina B12 é o único nutriente essencial que não está presente em uma dieta 100% vegetal. Ela é produzida por bactérias que moram no estômago dos ruminantes e nas plantas, mas a dose de B12 vegetal é insignificante. Por isso vegetarianos precisam tomar um comprimido de 10mcg de B12 por dia ou, a solução mais prática, que é um comprimido de 2000mcg por semana.

Deve se ter um cuidado com o excesso de soja, pois esse é um erro comum entre pessoas que acabaram de se tornar vegetarianas, substituem os produtos de origem animal por equivalentes feitos com soja. Não há nenhum problema em ingerir quantidades moderadas de soja e seus derivados, o risco é cair no excesso, e cair na monotonia.

Comer mais alimentos, e não produtos comestíveis, como refrigerante, salgadinhos, biscoito recheados e afins.

Esses são alguns passos, dicas de como ser tornar vegetariano aos poucos, e o que comer, claro que tem vários sites, fóruns online, e livros para ajudar quem quer ser adepto a seguir uma dieta, aprender a cozinhar, e outra dica é procurar um nutricionista.

Qual a ética de se tornar vegetariano?

Como já relatado até aqui, os motivos para adotar ser ou não vegetariano, são muitos, como religião no caso de Adventistas, e católicos no tempo da Quaresma. A saúde no caso de ter um alto nível de colesterol no sangue, ou querer ter uma vida mais saudável, reduzir o risco de doenças cardiovasculares e também evitar alguns tipos de câncer, entre outras