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A Doença de Huntington

Por:   •  4/9/2018  •  3.219 Palavras (13 Páginas)  •  429 Visualizações

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George Huntington aprofundou-se nos estudos sobre a doença em 1872, apresentou uma descrição precisa do padrão de herança autossômica dominante. No entanto apenas em 1993 que a mutação genética causadora foi descoberta pela Hereditary Disease Foundation.

A doença de Huntington (DH) é uma patologia neurodegenerativa, autossómica dominante, classicamente descrita como Coreia de Huntington (‘khoreia’ é a palavra grega para dança). A DH é a doença poliglutamínica mais comum e também a melhor estudada. Apresenta uma prevalência de 3 a 10 indivíduos por cada 100.000 no oeste Europeu e América do Norte. (MOHAPEL & REGO, 2011, p. 725)

Um fato interessante é o de que a mutação é onipresente, porém a morte celular ocorre apenas em algumas áreas do cérebro.

Outra curiosidade é a de que a Huntingtina mutante se expressa por toda a vida do indivíduo afetado, os sintomas, na maioria dos casos, especificamente só começam a aparecer entre 35 e 50 anos de idade. Após o aparecimento dos primeiros sintomas, a pessoa tem em torno de 15 a 20 anos até que a doença se torne fatal.

Ha uma busca para compreensão de áreas previamente afetadas, que antecedem os sintomas, com o objetivo de estratégias terapêuticas, para impacto positivo sobre o tratamento da DH.

Por mais que tenha havido um grande avanço nas pesquisas, e importantes descobertas há ainda muito o que se pesquisar, e concluir. Várias instituições ao redor do mundo estão cada vez mais próximas de respostas acerca da doença de Huntington. Temos como exemplo:

- HDA- Huntington’s Disease Association (Irlanda, Inglaterra, entre outros)

- HDSA- Huntinton’s Disease Society of America

- HDSC- Huntington’s Disease Society of Canada

- ABH- Associação Brasil Huntington

- APDH- Associação Portuguesa de doentes de Huntington

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Etiologia

A doença de Huntington deve-se basicamente a expansão do tripleto CAG que tem como consequência a mutação da proteína Huntingtina, sua mutação está associada a morte seletiva de neurônios do estriado (putamen e núcleo caudado, quais tem parte da responsabilidade pela organização dos movimentos motores e musculares), córtex (camada mais externa do cérebro) e hipotálamo (centro integrador das atividades dos órgãos do Sistema Nervoso Visceral).

Figura 1 – Cérebro Afetado pela DH

[pic 1]

Fonte: http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Doenças_Neurodegenerativas

Heriditary Disease Foundation foi o grupo no qual fez a identificação da expansão do tripleto CAG (citosina-adenina-guanina), na região que codifica o gene da DH, ou também designado gene IT15 (‘Interesting Transcript 15’), qual codifica a proteína Huntingtina.

Sendo classificada como uma doença genética autossômica dominante, que afeta o braço curto do cromossomo 4, isso pois há uma repetição limite de CAG em indivíduos não afetados pela doença, portadores da doença, no entanto tem uma repetição muito elevada.

Em geral, nos indivíduos normais, os alelos podem variar de 8 a 35 unidades de CAG, enquanto os indivíduos afetados pela doença de Huntington possuem alelos com mais de 40 unidades CAG. (XIMENES E TEIXEIRA, 2009, p.288)

Figura 2 – Herança autossômica dominante.

[pic 2]

Fonte: http://pt-br.infomedica.wikia.com/wiki/Doença_de_Huntington

O número de repetições está associado a progressão da doença, e é o determinante principal da explicação da idade em que a doença se manifesta, outros fatores para a idade são genéticos e ambientais.

A idade do início da DH está inversamente relacionada com o tamanho da repetição de CAG comprovando-se que a doença é a mais precoce em indivíduos que possuem as repetições mais longas” (RIBEIRO, 2006, p.8)

Figura 3 – Formato de um cromossomo.

[pic 3]

fonte: http://slideplayer.com.br/slide/3079866/

Há estudos que demonstram que quanto mais cedo o início da aparição dos sintomas, mas rápida sua progressão. A evolução da doença e sua morte aproximadamente 10-20 anos após os primeiros sintomas tem como principais causas pneumonia, deficiências nutricionais, escaras e suicídio (comportamento autodestrutivo).

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Sintomas

Caracterizada por ter início sutil, muitas vezes os primeiros sintomas passam desapercebidos. Em grande maioria dos casos apresentando sintomas iniciais psiquiátricos. Apresenta também sintomas motores (voluntários e involuntários) e cognitivos.

Em algumas famílias pode ocorrer o “fenômeno de antecipação” que seriam as gerações seguintes desenvolvendo a doença mais cedo. Isso nos demonstra o fato de que uma repetição expandida de CAG é instável, podendo ser mais longa na geração posterior.

Tipicamente a sintomatologia tem início entre 40 e 50 anos, no entanto pode se manifestar entre a infância e a senilidade. (XIMENES E TEIXEIRA, 2009, p.288)

George Huntington descreveu alguns sinais importantes da doença, como a coreia, demência entre outras questōes psiquiátricas.

Dividindo conforme as caracteristicas dos sintomas, temos entre os sintomas motores a coreia acima mencionada que são movimentos involuntários, breves, como espasmos que vão de uma parte do corpo a outra de forma inesperada, movimentos que lembram dança. Após o agravamento com o tempo começa a ocorrer a bradicinesia rigida (lentificação de certos movimentos), podendo levar a acinesia rigida (perda total de certos movimentos).

Como outros sintomas ainda temos a distonia (movimento involuntário de uma área focada), rigidez, dificuldades na marcha e na fala, na deglutição, e há perda de peso acentuada.

A doença em idades mais jovens tem sintomas um pouco distintos, apresentando mais inicialmente a bradicinesia, rigidez, distonia, podem sofrer ataques epilépticos e ter o sintoma de coreia ausente.

A maioria dos pacientes sofre também

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