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Serpentario

Por:   •  6/2/2018  •  1.607 Palavras (7 Páginas)  •  284 Visualizações

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Substrato

Os serpentários abertos serão cobertos por substrato natural formado por terra, vegetação, folhiço, areia, pedaços de rochas, galhos etc, e também por substrato artificial (grama artificial, concreto, etc), facilitando a higienização do local.

Fonte de água e umidade

Devido a presença da luz solar, a fonte de água para os animais deve ser de água corrente ou então ser trocada todos os dias para evitar o acúmulo de algas e bactérias. O sistema de circulação de água pode incluir um riacho em toda a extensão do serpentário, com um sistema de escoamento da água no chão ou mesmo uma cachoeira entre as pedras. De maneira geral, a umidade natural já é suficiente, mas,caso haja necessidade de aumentar a umidade, basta molhar através de uma mangueira o recinto de uma a duas vezes por dia. Dificilmente, ocorrem casos de umidade excessiva graças à ventilação natural. A presença de micoses nas escamas são indicativos de possíveis desequilíbrios na umidade local. Importante lembrar que o recinto deve ter escoamento de água para que a água da chuva não se acumule, alagando o serpentário.

Temperatura

O serpentário aberto possui uma grande vantagem que é permitir a termorregulação natural pelas serpentes. No entanto, é necessário que se dê opções de diferentes temperaturas para que as serpentes possam elevar ou abaixar a sua temperatura. Áreas com insolação e com diferentes graus de sombreamento, ocorrendo ao mesmo tempo, são fundamentais para que as serpentes escolham o que melhor lhes convêm naquele momento. Durante o inverno, caso as espécies de serpentes não estejam acostumadas a quedas de temperatura da região, é necessário o uso de aquecedores ou, então, o deslocamento das serpentes para serpentários fechados.

Iluminação

A iluminação natural possui vantagens em relação à luz artificial. O ciclo de claro e escuro é naturalmente controlado, a luz solar é um agente bactericida e a radiação é uma fonte de calor para a termorregulação das serpentes. Devem-se tomar cuidados com a insolação nas serpentes, portanto, ambientes abrigados da luz solar devem estar disponíveis a todos os indivíduos.

Higienização

A higienização do recinto deve ser realizada a cada 15 dias, com a lavagem dos bebedouros, vidros internos e externos, com água e sabão, e riachos com lavadora de alta pressão. Uma intervenção sanitária da sala (higienização completa das paredes, prateleiras e piso) é realizada uma vez por ano em cada recinto.

Alimentação

As serpentes serão alimentadas mensalmente com ratos (Rattus norvegicus) de acordo com o tamanho da serpente. Durante a alimentação dos animais, as serpentes são separadas em diferentes pontos do recinto para que ocorra melhor distribuição do alimento e para evitar a disputa entre as jararacas. Nas primeiras duas semanas, o manejo e a circulação de pessoas após a alimentação das serpentes devem ser evitados.

Parâmetros fisiológicos e Reprodução

A temperatura corpórea de machos e fêmeas ao longo das estações do ano pode ser monitorada nos diferentes microhabitats do cativeiro semi intensivo. A mensuração pode ser feita com o termômetro infravermelho (Instrutherm TI – 870 High temperatura), que elimina a necessidade de contato com o animal.

O cativeiro semi intensivo permite acompanhar e observar várias interações entre machos e fêmeas na época do acasalamento. As jararacas durante os meses de abril a junho (outono), são observados comportamentos reprodutivos, tais como luta entre machos (rituais de combate), côrte perseguição e acasalamento. No final da primavera, observa-se várias fêmeas termorregulando, o que pode ser muito importante para otimizar o metabolismo da mãe e dos embriões durante a gestação. Fêmeas prenhes podem ser acompanhadas e identificadas por marcação individual. Deste modo, no final do verão poderemos registrar o nascimento de filhotes e identificar as mães.Tais registros constituem informações preciosas sobre a biologia reprodutiva desses animais, que, por sua vez, podem contribuir para o melhor manejo dos mesmos.

identificação

Todos os animais deverão ser identificados. O uso do microchip é muito recomendado. Os animais devem ser microchipados após 45 a 60 dias de quarentena. O microchip é implantado por via subcutânea com auxílio de um aplicador, no lado esquerdo, do último terço do corpo da serpente. Um leitor especial permite identificar, a cerca de 30 cm, o código do transponder, que, aplicado corretamente, é bem tolerado e não produz inflamação nem sofre migrações dentro do corpo do animal. Esse procedimento está de acordo com a Instrução Normativa do IBAMA (02/2001) a qual estabeleceu a obrigatoriedade de se identificar os animais em criadouros por sistema eletrônico de microchip. Além disso, pode ser feita uma marcação externa com esmalte na base da cauda para identificação visual.

Equipamentos ultilizados

Luvas cirúrgicas, são úteis para usar durante a contenção, extração de veneno e procedimentos que envolvam o manuseio de serpentes, pois ajudam a evitar o contágio de eventuais doenças das serpentes (principalmente parasitárias) ao mesmo tempo que preservam bastante o tato e a sensibilidade manual do tratador, importantes nos momentos de contenção e soltura dos animais.

Óculos e mascaras faciais, instrumentos importantes na prevenção de respingos de veneno nos olhos durante o manuseio, a extração, ou a inalação de veneno já liofilizado, por ocasião do seu processamento ou pesagem.

Usamos para o manuseio normal das serpentes o uso de ganchos, instrumentos de uso tradicional. Eles permitem levantar e transportar a serpente ou imobilizá-la com muita praticidade. Os ganchos são confeccionados com certa facilidade, utilizando como haste um cabo de vassoura

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