Adenite equina
Por: kamys17 • 29/1/2018 • 1.503 Palavras (7 Páginas) • 364 Visualizações
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esta bactéria em tecidos subepiteliais e gânglios linfáticos. Passadas uma a três semanas, o microrganismo causa enfermidade ao se fixar nas células epiteliais da mucosa nasal e oral, invadindo as mucosas nasofaríngeas, levando a uma faringite aguda e rinite.
Quando o organismo do hospedeiro não consegue impedir o processo inflamatório, o agente invade a mucosa e o tecido linfático faríngeo. Com a evolução da enfermidade, há a formação de abscessos, nos linfonodos retrofaríngeos e submandibulares, causando uma obstrução local devido à compressão.
Das superfícies mucosas, o microrganismo é levado pela drenagem linfática aos linfonodos regionais [submaxilares, submandibulares e retrofaríngeos]. O sistema imunológico atuará imediatamente após a infecção e durará de seis meses a vários anos e, devido à proteína M-like em sua cápsula, impedirá a ação fagocitária do organismo responder de forma adequada através da imunidade inata e adaptativa, pois inibe a ação do C3b do sistema complemento, além de ligar fibrinogênio na porção N-terminal da proteína.
Equídeos podem ser afetados em todas as idades, mas, principalmente, em potros e animais convalescentes.
3 SINTOMAS
A enfermidade ocorre quando S. equi, fixa-se às células epiteliais da mucosa nasal e bucal e invade a mucosa nasofaríngea, causando faringite aguda e rinite. (TURNES et al., 2009).
Durante surtos de garrotilho, alguns animais se convertem em portadores assintomáticos, nos quais é possível isolar S. equi (grifo do autor), subsp. Equi (grifo do autor), após o desaparecimento dos sinais clínicos, sendo fonte de infeccção por muitos meses. (TURNES et al., 2009, p. 1945).
Com o avanço da doença, desenvolvem-se abscessos, obstruções e passado alguns dias, fistulam e liberam a bactéria no ambiente, contaminando tudo ao seu redor.
Normalmente os sinais clínicos aparecem duas semanas após a exposição ao agente e variam conforme a gravidade, com febre, anorexia, corrimento nasal esverdeado, tumefação edematosa na região da faringe, aumento dos linfonodos submaxilares e, com sua evolução, excreção de pus amarelado de forma abundante [Figura 1].
Figura 1. Endoscopia na faringe de um cavalo evidenciando pus amarelado
Fonte: http://www.scielo.org.com
Animais que não exibem melhoras em seu quadro metabólico, físico, e mental devem ser considerados como possíveis causas de “Garrotilho Bastardo”, representado pela forma mais grave da doença.
Nas situações em que ocorrem complicações, as infecções podem ser disseminadas para outros linfonodos ou atinge a circulação e, por consequência, podem acometer alguns órgãos, como rins, fígado, baço e, não menos comum, cérebro. Caso ocorra ruptura desses abscessos, podem ocorrer infecções generalizadas, provocando a morte.
Segundo Jones & Hunt, concluem que:
Púrpura hemorrágica pode ser uma complicação do garrotilho, [...] grandes áreas subcutâneas de edema e hemorragia estão associadas à ocorrência de êmbolos sépticos nos vasos sanguíneos dos tecidos envolvidos.
A púrpura hemorrágica ocorre, em geral, em animais debilitados com o garrotilho, ocasionando a precipitação de imunocomplexos, com frações de Ac e Ag do agente nos capilares, gerando edema nos membros, cabeça e outras partes do corpo. Nas vacinas, podem ocorrer também complicações de vido à reação cruzada com a proteína M como antígeno presente nas vacinas.
4 PLANO DIAGNÓSTICO E TESTES LABORATORAIS
O plano diagnóstico do garrotilho se faz por meio de coleta com swab nos abscessos purulentos, secreções nasais ou do exsudato, drenando-se os linfonodos, sempre mantidos sob refrigeração adequada até a finalização dos exames laboratoriais.
Entre os métodos existentes, destacam-se o método de PCR – que consiste em uma técnica de Reação em Cadeia da Polimerase e sua repetida avaliação para obter um segundo resultado para os mesmos tipos de bactérias – e, não menos importante, a técnica de ELISA, com o diagnóstico indireto detectando Ac. A sorologia não é muito eficaz nestes casos.
Além destes testes, importante ressaltar que a análise clínica deve ser minuciosa, para afastar eventuais dúvidas quanto ao emagrecimento anoréxico, que também pode surgir por outras infecções equinas, como parasitismos, neoplasias e nutrição inadequada.
5 TRATAMENTO
A opção de tratamento deve levar em consideração o estágio e a gravidade da doença. Na fase inicial, o antimicrobiano de escolha tem sido a penicilina G na dosagem de 18.000 a 20.000UI/kg, ou trimetroprim com sulfametaxol 20mg kg, via intramuscular por 5 dias. Em fases avançadas, utiliza-se anti-inflamatórios para aliviar a dor e a febre, cuidados com a alimentação, descanso prolongado, pois o uso de antimicrobianos não será tão eficaz devido a formações de fibrose, a qual impede sua total absorção, além de drenagem dos abscessos. Nos casos em que a faringe fica obstruída, requer-se uma atitude mais drástica, como a traqueostomia, fluidos intravenosos e alimentação por sonda.
A purpura hemorrágica, sendo uma doença imunológica, demanda tratamento com glicocorticoides [dexametasona] e de suporte, como ataduras nas pernas para combater o edema dos membros. O empiema das bolsas guturais é tratado localmente, lavando-se as bolsas afetadas com solução salina através da abertura faríngea, frequentemente com o uso de cateteres fixos para repetições do tratamento.
6 PREVENÇÃO E CONTROLE
Nas fazendas com plantéis de equídeos, deve ser feito um planejamento para possíveis surtos de doenças infectocontagiosas, como o garrotilho. O ideal é que haja pastos onde possam ser separados animais sintomáticos, assintomáticos, animais susceptíveis (como filhotes) e os que tiveram contato com animais infectados.
A utilização de EPI´s adequados para os funcionários, limpeza e esterilização das baias diariamente.
O isolamento por, pelo menos, seis semanas após o começo dos sinais é sugerido, mas, com base na experiência de campo, alguns veterinários sugerem enfaticamente que oito meses é um período de tempo mais seguro. É claro que essa última recomendação depende da total cooperação e compreensão por parte do cliente.
A vacinação
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