A Neuroplasticidade
Por: SonSolimar • 14/2/2018 • 639 Palavras (3 Páginas) • 394 Visualizações
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A prática de atividade motora e a aprendizagem podem alterar as sinapses ou reduzir eventos moleculares na área lesionada ou nas áreas mais remotas do córtex, incluindo as não diretamente prejudicadas. Experimentos mostram que os mapas de representação cortical são alterados, sinapses alteram sua morfologia, dendritos crescem, axônios mudam sua trajetória, vários neurotransmissores são modulados, sinapses são potencializadas ou deprimidas, novos neurônios diferenciam-se e sobrevivem, ocorre aumento da mielinização dos neurônios remanescentes e maior recrutamento de pools de motoneurônios, transferindo a função das áreas prejudicadas para as áreas adjacentes preservadas ou correlatas.
A capacidade que a prática de atividades motoras possui para influenciar uma lesão cerebral é complexa devido à dinâmica neuro celular e alterações metabólicas depois de uma lesão, que podem
interferir nos efeitos dessas atividades. O treinamento motor pode induzir a adaptações estruturais e funcionais (plasticidade) em várias áreas motoras incluindo gânglio basal, cerebelo e núcleo rubro.
O aumento dos mecanismos celulares e sinápticos da plasticidade promovidos pelo treino dessas atividades podem contribuir para os efeitos benéficos do enriquecimento motor, reduzirem a degeneração e promoverem a recuperação da função em cérebros lesionados.
O aprendizado depende de alterações persistentes e da longa duração da força das conexões sinápticas. Com a repetição de tarefas, ocorre redução do número de regiões ativas do encéfalo. Finalmente, quando a tarefa foi aprendida, só pequenas regiões distintas do encéfalo mostram atividade aumentada durante execução da tarefa.
Conclusão:
O cérebro está constantemente sofrendo alterações e dificulta muito o entendimento de seus mecanismos. Mas pode-se sugerir que a prática de tarefas ou habilidades específicas, sejam elas novas ou já conhecidas, deve ser sempre o foco principal do programa de tratamento dos pacientes neurológicos, conduzindo assim a melhor recuperação funcional, pois a neuroplasticidade parece ser aprendizado dependente ou atividade-dependente e não simplesmente uso-dependente.
Referências:
- MEDLINE, LILACS e SCIELO
- http://www.revistaneurociencias.com.br/
- http://revista.lusiada.br/
- https://www.researchgate.net
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