Úlceras de decubito
Por: Kleber.Oliveira • 19/2/2018 • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 397 Visualizações
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Avalia diferentes categorias tais como: percepção sensorial; umidade; atividade; mobilidade; nutrição; fricção ou cisalhamento (Freitas; Alberti, 2013).
Dividindo se em itens, dos quais são atribuídos escores que varia de 1 a 4, que ao final são somados para obter a pontuação final. Os pacientes que obtiverem escore igual ou maior que 16 são considerados de pequeno risco; de 11 a 16, indica risco moderado e, abaixo de 11, alto risco, pois apresentam uma debilidade funcional orgânica importante, que facilita o surgimento das úlceras por pressão (Araújo; et al, 2010).
Feita a coleta de dados, utiliza-se o instrumento de quatro partes, sendo a primeira, para coleta dos dados sociodemográficos (idade, sexo, cor/etnia, procedência); a segunda para achados clínicos (doença de base, doenças associadas, tempo de internação, medicamentos de uso contínuo e índice de massa corpórea (IMC)); a terceira, para avaliação dos pacientes de risco, mediante a Escala de Braden, a quarta parte, para obtenção das características das úlceras, quando presentes (número, localização e estadiamento).
A partir da classifição do seu estágio, de acordo com o comprometimento tecidual, como segue:
- Estágio I: Pele intacta com aumento do fluxo sanguíneo de uma área localizada, geralmente sobre proeminência óssea: sua cor pode diferir da pele ao redor;
- Estágio II: Perda parcial da espessura da pele. Apresenta-se com superfície de coloração vermelho pálida. Pode apresentar-se com bolha (preenchida com exsudato seroso), intacta ou rompida;
- Estágio III: Perda de tecido em sua espessura total. Esfacelo pode estar presente sem prejudicar a identificação da profundidade da perda tissular, pode incluir descolamento; e
- Estágio IV: Perda total de tecido com exposição óssea, de músculo ou tendão. Pode haver presença de esfacelo ou escara (tecido morto de cor preta com textura seca semelhante a couro) em algumas partes do leito da ferida. (Santos; Helena, 2007).
MEDIDAS E AÇÕES DE PREVENÇÃO
É necessário que se faça a mudança de decúbito a cada duas horas em indivíduos acamados; já para os que permanecem sentados por períodos de tempo longos, o reposicionamento deve ser realizado a cada hora. Cabe a equipe multiprofissional que acompanha estes paciente, desenvolver um conjunto de estratégias que possibilitem os de implementar medidas preventivas, identificar caminhos para o alcance dos objetivos, no intuito de diminuir o impacto desse agravo(Brito; et al, 2014). Cuidados preventivos da pele são de Identificar sinais precoces de lesões causadas por pressão. Utilizar Ácido Graxo Essencial (AGE) para proteção da pele. Identificar sinais de ressecamento, rachaduras, eritema, maceração, fragilidade e calor, porém a prevenção ainda é a melhor opção (Matos; 2010).
Tratamento
O primeiro passo para se iniciar um tratamento é avaliar a lesão, a avaliação é essencial para classificação da úlcera por pressão, o que assegura o melhor procedimentos, técnica que trará melhor resultado ao tratamento e a seleção adequada dos produtos e ferramentas que serão utilizados. O que avaliar na lesão? Tempo de existência Classificação Aspecto, localização, dor, tamanho, profundidade e presença de exsudato (um fluido inflamatório extravascular que possui alta concentração de proteínas, fragmentos celulares) (Matos, 2010).
A reparação tecidual compreende um processo complexo e sistêmico, que envolve a atividade celular e quimiotática, com liberação de mediadores químicos e respostas vasculares. Na derme lesionada ocorre uma sequência de eventos que levam a cicatrização da ferida, sendo estes: Inflamação, reepitelização, contração e remodelação celular seguida da remodelação tecidual (Ramos; et al, 2014).
Tratamento Utilizando o Leser
Os efeitos da laserterapia de baixa intensidade (Laser HeNe), no tratamento de paciente portador de diabetes mellitus com úlcera de decúbito, sendo que alguns estudos descrevem que este tipo de laser é eficaz no fechamento de úlceras
O tratamento a laser é um método que visa favorecer a regeneração tecidual, atuando principalmente no metabolismo celular, através de interação fotoquímica, acarretando diferentes efeitos, como analgésico, anti-inflamatório e reparador. (Ramos; et al, 2014).
Instrumentação e equipamento: Physiolux Dual da IBRAMED, com caneta emissora InGaP (Índio Gálio Fósforo), de laser diodo de emissão contínua (CW), 30 nw de potência, com comprimento de onda 670 nm (vermelho visível). já vem calibrado, de acordo com a potência do laser em energia emitida para a aplicação pontual, estabelecendo a densidade de energia de 1 a 8 Joules/ cm2 para a área de aplicação do feixe Laser(Ramos; et al, 2014).
Os atendimentos foram realizados em 5 sessões semanais consistindo de uma aplicação por dia do laser HeNe ( um raio vermelho (He/Ne) é absorvido por zonas vermelhas do organismo como os vasos capilares) durante 5 minutos.
A irradiação foi realizado na borda da úlcera, em tecido normal e repetido a cada 2 cm de intervalo na área central, 4 a 5 J/cm2 sobre uma área de até 3 cm2 , resultando um uso calculado do laser de 12 segundos por ponto da ferida.
A técnica de laserterapia mostrou ser eficaz no tratamento das úlceras por pressão, este estudo demonstra que o laser Hene é capaz de fornecer bons resultados no tratamento de úlceras de decúbito em paciente diabético(Ramos; et al, 2014).
A atuação da fisioterapia
A fisioterapia trata distúrbios tegumentares que envolve a epiderme, a derme, a hipoderme bem com regiões abaixo dela, ossos, tendões, músculos e órgãos expostos, sendo assim a prevenção de escaras também responsabilidade do fisioterapeuta, desde a fase hospitalar(Elias, 2014). A atuação do profissional em fisioterapia nesses casos tem se mostrado eficaz e imprescindível, sendo considerada parte integrante da equipe responsável pelos cuidados nestes pacientes. Funções consideradas justificável na intervenção na prevenção desta síndrome tão frequentem nos pacientes enfermos(STILLER 2000). Estimular a movimentação no leito e a independência nas atividades. Estimular a deambulação (caminhada). Prevenir complicações pulmonares. Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas promover um padrão respiratório mais eficaz, evitar complicações circulatórias, reduzir a dor. Manter força muscular e a amplitude
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