O Câncer e Apoptose
Por: YdecRupolo • 22/2/2018 • 1.875 Palavras (8 Páginas) • 314 Visualizações
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A membrana plasmática das células tumorais
A fluidez membranária pode aumentar, ela depende de um aumento da instauração dos fosfolipídios e de uma queda da quantidade de colesterol membranário. Já as junções intercelulares, como os desmossomos, se desestabilizam, com isso a adesividade diminui e desaparece. As células cancerosas se tornam móveis, mas não se deslocam graças a movimentos ameboides, e sim, graças às membranas ondulantes, isso facilita o seu deslocamento pela corrente sanguínea, e a disseminação por outras partes do corpo. A antigenicidade se modifica, o que decorre das mudanças da organização molecular do núcleo. A identidade antigênica da célula é modificada pelo aparecimento de novos antígenos, enquanto outros antígenos desaparecem ou não se exprimem mais. As células neoplásicas se tornam, então, estranhas para o organismo, que põe em funcionamento os mecanismos imunológicos de rejeição, porém normalmente sem sucesso. Então, ao perderem a inibição de contato e a sua adesividade, as células cancerosas se propagam pelo organismo e criam metástases.
Meios de combater o câncer
Estes tratamentos, muitas vezes complementares, são usados sozinhos ou combinados, de acordo com o tipo de câncer e a sua condição. O objetivo do tratamento é tornar possível a eliminação do tumor, e a cura do paciente em estágios iniciais de câncer, ou como uma doença crônica, controlar o seu desenvolvimento. Há três tipos principais de tratamento. A cirurgia consiste em remover o tumor, em parte ou em sua totalidade. A radioterapia expõe o tumor à radiação, o que impede que as células doentes se multipliquem e as destrói. E a quimioterapia consiste em administrar substâncias medicamentosas sistêmicas para destruir as células cancerosas e evitar que se espalhem. A quimioterapia e a radioterapia agem nas células cancerosas, mas também nas saudáveis, o que explica os seus efeitos colaterais.
Apoptose
Também conhecida como morte celular programada, é um processo essencial para o desenvolvimento dos seres vivos, sendo importante para eliminar células dispensáveis ou defeituosas, e presar com a correta funcionalidade do organismo. Durante apoptose, a célula sofre alterações morfológicas características desse tipo de morte celular (figuras 3, 4 e 5). Tais alterações incluem a retração da célula, perda de aderência com a matriz extracelular e células vizinhas, as organelas celulares mantêm a sua morfologia, com exceção, em alguns casos, das mitocôndrias, que podem apresentar ruptura da membrana externa, condensação da cromatina (complexo de DNA e proteínas que se encontra dentro do núcleo), fragmentação internucleossômica do DNA e, então, a membrana celular forma prolongamentos, e o núcleo se desintegra em fragmentos envoltos pela membrana nuclear. Os prolongamentos da membrana celular aumentam de número e tamanho e rompem, originando estruturas contendo o conteúdo celular, estas porções celulares envoltas pela membrana celular são denominadas corpos apoptóticos. Esses corpos são rapidamente fagocitados por macrófagos e removidos sem causar um processo inflamatório.[pic 7][pic 8]
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O desenvolvimento e a manutenção dos organismos multicelulares dependem de uma interação entre as células que o constituem. No desenvolvimento embrionário, por exemplo, muitas células produzidas em excesso são levadas à morte, contribuindo para a formação dos órgãos e tecidos.
Muitas são as moléculas envolvidas no controle das vias de ativação da apoptose, dentre estas, as proteínas antiapoptóticas e pró-apoptóticas, além das caspases. As caspases são enzimas (cisteína-endoproteases) que induzem a maioria dos acontecimentos proteolíticos da apoptose. Elas estão localizadas sob a forma de procaspases, no citoplasma e no espaço intermembranário das mitocôndrias. Ativadas, elas agem como executoras que clivam as moléculas necessárias à vida da célula, modificando as vias bioquímicas que permitem à célula sobreviver e provocando atividades que causam a morte da célula.
Durante muito tempo, a morte celular foi considerada um processo passivo de caráter degenerativo, que ocorre em situações de lesão celular, infecção e ausência de fatores de crescimento, onde a célula altera a plenitude da membrana plasmática, aumenta o seu volume e perde as suas funções metabólicas. Porém, nem todos os eventos de morte celular são processos passivos. Organismos multicelulares são capazes de conduzir a morte celular programada como resposta a estímulos intracelulares ou extracelulares.
Em 1964, foi proposto o termo "morte celular programada" para designar um tipo de morte celular que ocorre de forma não acidental. A apoptose ocorre nas mais diversas situações, como por exemplo, na organogênese e hematopoiese normal e patológica, na reposição fisiológica de certos tecidos maduros, na atrofia dos órgãos, na resposta inflamatória, na eliminação de células após dano celular por agentes genotóxicos, e no colapso endometrial durante a menstruação.
Apoptose no câncer
Uma molécula chamada DcR3, produzida nas células tumorais, pode ligar-se a FasL e bloquear sua ligação com Fas, inibindo assim o desencadeamento da apoptose. Observa-se que a DcR3 é geneticamente amplificada em inúmeros cânceres de pulmão e de cólon, sugerindo assim que as ligações FasL/Fas limitam o crescimento do câncer e que as células que exprimem alto nível de DcR3 são mais diretamente ligadas ao desenvolvimento de células cancerígenas. Essas observações ressaltam a possibilidade de que Fas e FasL tenham uma ação antitumoral.
Portanto, apoptose na prática clínica é meta para um possível uso terapêutico da morte celular programada ou para a compreensão dos mecanismos de resistência à radioterapia e à quimioterapia. O conhecimento de alguns dos mecanismos moleculares da apoptose abriram perspectivas sobre a modulação desses processos.
Discussão
O câncer é uma doença muito comum, e ao mesmo tempo, muito grave, por isso é de grande importância e interesse comum levar o conhecimento sobre o mesmo para as pessoas, sobre a sua estrutura principalmente, que é pouco compreendida pela população, a qual normalmente conhece apenas os sintomas. Além disso, pesquisas envolvendo o tratamento e a cura
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