Echinococcus Granulosus E. Multilocularis e E.vogeli (Hidatidose)
Por: Rodrigo.Claudino • 24/4/2018 • 1.375 Palavras (6 Páginas) • 410 Visualizações
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O E. vogeli é encontrado na América Central e do Sul como um parasito do cachorro-do-mato-vinagre, como seu estádio larvário policístico em roedores (pacas e ratos-espinho). Foram descritos casos humanos no Panamá, na Colômbia, no Brasil e no Equador . A membrana germinativa da hidátide prolifera tanto para dentro, no cisto original, formando septos que o dividem em muitas partes quanto para fora, formando novos cistos. A vesículas que formam uma hidátide policística são relativamente grandes e cheias de líquido.
No homem, as hidátides de E. vogeli são encontradas no fígado, mas também nos pulmões, na pleura, no pericárdio e no coração, nos músculos intercostais e no diafragma, bem como no estômago, no omento e nos mesentérios.
Ciclo evolutivo
O ciclo vital de Echinococcus granulosus é complexo, com duas fases ou gerações capazes de assegurar a multiplicação da espécie e sua programação:
- Fase sexuada, por isso mesmo chamada adulta, em que a pequena tênia , depois de formar as proglotes com seus órgãos genitais hermafroditas, promove a fecundação e a produção abundante de ovos. Passa-se ela na luz do intestino delgado do cão doméstico e de outros carnívoros afins (hospedeiros definitivos ).
As proglotes grávidas, á medida que se desprendem do estróbilo, são eliminadas com as fezes do animal e vão com estas poluir o solo dos campos de pastagem, do peridomicílio ou, mesmo, o chão das casas. Ingeridos de mistura com o pasto, as proglotes ou os ovos isolados chegam ao estômago e intestino dos herbívoros ( hospedeiros intermediários), onde as oncosferas se libertam dos embrióforos, entranham-se na mucosa e , pela rede vascular, vão ao fígado, aos pulmões ou, mais raramente, a outros órgãos.
- Fase assexuada, ou larvária, que se desenvolve então a partir da formação do cisto hidático e suas cápsulas prolígeras, com miríades de escólex gerados por brotamento, no seu interior, e representando indivíduos filhos da forma hidátide, capazes de transformarem-se em pequenas tênias, se as vísceras parasitadas dos herbívoros foram por sua vez ingeridas por um hospedeiro definitivo (carnívoro).
A fase sexuada, no cão, desenvolve-se em dois meses, e a fase larvária, no carneiro, atinge a maturidade ao fim de seis meses. O intervalo de ovo a ovo pode resumir-se em oito meses; mas, na realidade, depende da morte das rezes, quando suas vísceras servirão para a alimentação (e a infecção) dos cães domésticos ou dos cães vadios da região .
Os ovos ou Oncosferas
A propagação do helminto, na fase sexuada, é feita por meio de formas embrionárias denominadas oncoferas ou embriões hexacantos, protegidos cada qual por um envoltório espesso o embrióforo . Ao conjunto do embrióforo mais a oncosfera costuma-se chamar simplesmente de “ ovo ” do parasito, como sucede em relação a outros cestoides . Quando ainda no útero , ou logo depois de expulsos, podem apresentar mais outro envoltório, a membrana vitelina.
Hidátides Anormais
Hidátides Filhas Endógenas. Esse processo pode transformar o cisto hidático primitivo e relativamente simples em uma hidátide multivesicular .
O mecanismo, segundo parece, decorre da queda da pressão intracística ou de uma alteração bioquímica , que provocam a transformação dos protoescólex, tal como o fazia a hidátide mãe. Esta ultima que já havia perdido sua tensão normal, reprega-se sobre as hidátides filhas ao mesmo tempo que seu conteúdo líquido , agora opalescente e albuminoso, tende a ser reabsorvido.
Hidátides Filhas Exógenas. As vesículas filhas que se formam para o exterior da hidátide primitiva tem origem, segundo alguns autores, em malformações que levam fragmentos da camada germinativa a ficarem incluídos entre os folhetos da membrana hialina, á maneira de ilhotas isoladas, as quais , posteriormente, sofrem vesiculização central e produzem sua própria camada cuticular anista.
Hidátides Ósseas.
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