Roamntismo

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Gonçalves de Magalhães

CULTO À NATUREZA

O romântico exalta a natureza ou faz dela uma espécie de refúgio.

“Quando as sestas do sertão saudoso

A sombra cai nos laranjais do vale

Onde o vento adormece e se perfuma,

E os raios d`oiro, cintilando vivos,

Como chuva encantada se gotejam.

Nas folhas do arvoredo rescendente,

Parece que de afã dorme a natura

E as aves silenciosas se mergulham

No grato asilo da cheirosa sombra.”

Álvares de Azevedo

NACIONALISMO

É a valorização da Pátria.

“Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sábia

As aves que aqui gorjeiam

Não gorjeiam como lá.” Gonçalves Dias

VALORIZAÇÃO DO ÍNDIO (NO BRASIL) E DO CAVALHEIRO MEDIEVAL (EM PORTUGAL) COMO HERÓIS

O personagem é valente, destemido, forte, bonito e inteligente. Só se torna frágil diante da mulher amada.

“O selvagem se mataria, se preciso fosse, só pra fazer Cecília sorrir”.

José de Alencar

VALORIÇÃO DA MULHER

As personagens femininas aparecem de uma forma idealizada, ou seja, possuem todos os predicativos que as perfeitas: bonita, inteligente, amorosa, delicada...

“Margarida por sua graça e gentileza, por sua extrema docilidade e por sua precoce vivacidade, era mui querida de todos, especialmente de Eugênio, que não saía de junto dela, e ficava triste todas as tardes, quando ela se retirava para a sua casa”.

Bernardo Guimarães

VALORIÇÃO DO MUNDO

É a preocupação em construir um mundo perfeito. Com algumas exceções, o romântico valoriza o happy-end.

“A senhora Dona Ana e o pai de Augusto entraram nesse instante na gruta e encontraram o feliz e fervoroso amante de joelhos e dar mil beijos nos pés da linda menina, que também por sua chorava de prazer.”

Joaquim Manuel de Macedo

CULTO A MORTE

É a libertação dos males da vida. Esse pensamento é comum nos poetas que fazem parte do chamado “mal do século” (segunda geração romântica).

“Cantemos o amor e o vinho,

As mulheres, o prazer;

A vida é o sonho ligeiro,

Tim, tim, tim,

Gozemos até morrer.” Fagundes Varela

VALORIZAÇÃO DA BURGUESIA

O romântico procura mostrar o lado positivo da burguesia.

“Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o certo; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa.”

José de Alencar

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CONTEXTO HISTORICO DO ROMANTISMO NO BRASIL

O período romântico no Brasil inicia em 1836, com a publicação da obra Suspiros Poéticos e Saudades, do poeta Gonçalves de Magalhães e vai até o ano de 1881, com a publicação do romance realista Memórias Póstumas de Brás Cubas de Machado de Assis.

O desenvolvimento da literatura brasileira propriamente dita aconteceu a partir da vinda da Família Real para o Rio de Janeiro que gerou um forte desenvolvimento artístico e cultural na colônia, agora afinado com a produção literária européia. Porém, a insatisfação das classes dominantes com o Império fez com que surgissem tentativas de independência da metrópole, produzindo um sentimento de nacionalismo que culminaria com a Declaração da Independência, em 1822, por Dom Pedro I.

No Romantismo, o indivíduo sente-se em desajuste com a sociedade, por isso a necessidade de fugir da realidade. Um dos mecanismos usados para fugir da realidade é voltar-se para o passado.

No Romantismo europeu, a volta ao passado histórico leva à Idade Média, onde estão as origens das nações europeias. Mas, como o Brasil não teve Idade Média, voltar ao passado significa redescobrir o país antes da chegada dos europeus, quando era habitado por nações indígenas.

Na época do Romantismo destacava-se:

- Revolução Francesa

- Ascensão da burguesia

- Liberalismo

- Independência política do Brasil

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ARTES PLASTICAS

As obras dos pintores brasileiros buscavam valorizar o nacionalismo, retratando fatos históricos importantes. Desta forma, os artistas contribuíam para a formação de uma identidade nacional.

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A pintura romântica

Ao negar a estética neoclássica, a pintura romântica aproxima-se das formas barrocas. Pintores recuperam o dinamismo e o realismo que os neoclássicos haviam negado, introduzindo elementos como a composição em diagonal, a valorização da cor e o reaparecimento dos contrastes claro-escuro, produzindo efeitos de dramaticidade.

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