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O Que é Ética?

Por:   •  15/3/2018  •  1.477 Palavras (6 Páginas)  •  221 Visualizações

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Na medida em que se convencionou chamar a Idade Média européia o período cristão do Ocidente, o pensamento ético que conhecemos está, portanto, todo ele ligado à religião, à interpretação da Bíblia e à teologia. Na Idade Moderna, que coincide com os últimos quatro ou cinco séculos, apresentam-se então duas tendências: a busca da uma ética laica, racional (apenas), e a doutrina da Revelação (especialmente a cristã"), Pensadores como Kant e Sartre, por exemplo, tentam formular teorias éticas

Com o Renascimento e o Iluminismo, a burguesia que começava a crescer e a impor-se, em busca de uma hegemonia, acentuou outros aspectos da ética: o ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal, e em termos sociais o grande lema foi o dos franceses: liberdade, igualdade, fraternidade.

Falar de ética significa falar da liberdade. Num primeiro momento, a ética nos lembra as normas e a responsabilidade. Mas não tem sentido falar de norma ou de responsabilidade se a gente não parte da suposição de que o homem é realmente livre, ou pode sê-lo. Não é por acaso que, ao falarmos de liberdade, viemos parar na questão do Estado moderno. Mas convém agora retomar a distinção inicial dos dois tipos de negação da liberdade: o determinismo absoluto e o libertarismo absoluto. Dizíamos que a ética se movimenta entre estes dois extremos, igualmente falsos.

Hoje a ética foi reduzida a algo de privado. Já o jovem Marx, no início dos anos 40 do século passado, observava o mesmo a respeito da religião. Ora, nos tempos da grande filosofia, a justiça e todas as demais virtudes éticas referiam-se ao universal, eram virtudes políticas, sociais. Numa formulação de grande filosofia, poderíamos dizer que o lema máximo da ética é o bem comum. E se hoje a ética ficou reduzida ao particular, ao privado, isto é um mau sinal. Os grandes problemas éticos se encontram nestes três momentos da eticidade (família, sociedade civil e Estado), e uma ética concreta não pode ignorá-los.

"Saber é poder", dizia o grande iluminista Francis Bacon. Mas pensadores atuais, como Adorno e Horkheimer, mostraram que existe uma maldosa dialética neste Iluminismo, de tal maneira que muitos dos melhores ideais iluministas foram traídos, colaborando esse grande movimento da Idade Moderna muito rnais para o mal-estar em que vivemos hoje, do que jamais os grandes filósofos modernos poderiam suspeitar. Mesmo assim, parece importante hoje, como sempre, buscar o antídoto no próprio veneno. E se o maior dos iluministas foi Kant, não deixa de ser espantoso verificar, estudando-o, o quanto ele, entre outros grandes pensadores acima enunciados, nos pode ajudar a assumir a nossa vida de maneira mais ética, e, neste sentido, mais livre a mais humana.

5- ANALISE DE FORMA CRÍTICA

Embora os maiores pensadores desde a idade média aos dias atuais tenham divergentes conceitos sobre a ética, em sua grande maioria denota-se as características do auto-entendimento e reflexão sobre a mesma, sempre o sub-consciente do indivíduo exaltou a cada momento/atitude a comparativa do que é “certo ou errado” “ético ou antiético” “moral ou imoral” com base no conjunto ou isoladamente de seu sistema legado (seus preceitos religiosos, seus aprendizados, seus valores morais, valores familiares e costumes locais ou globais podendo até ter sido imposto em caso de subalterno) naquele período em que se viveu. As punições sejam elas de cunho físico, moral ou de seu próprio sub-consciente norteiam assim seu comportamento seja ele mais liberto ou “doutrinado”

Ética na idade média era predominantemente cristã, apesar da diversidade, conceitos estes balizados no amor ao próximo, incorporando noções gregas de que a felicidade é um objetivo do homem e a prática do bem, um meio de atingi-la. A natureza humana tem destino predeterminado, e Deus é o princípio da felicidade e da virtude segundo os filósofos cristãos. Entre a média a moderna prevalecia o ética iluminista, Kant é o principal pensador a discutir a ética, que em sua visão a ética tem o dever de agir conforme regras universais comum aos seres humanos por derivar da razão, prevalecendo a conduta individual, a autodeterminação. Na idade contemporânea, o “novo iluminismo”, desenvolve a ética discursiva, baseada em diálogo, por sujeitos capazes de se posicionar criticamente diante de imposições, sendo pelo uso de argumentos racionais que um grupo chega ao consenso, à solidariedade e à cooperação.

É nítido que a evolução do conceito de ética é permanente, demonstrada pela divergência de costumes, ideologias e credos entre os indivíduos, o período e o habitat. Costumes antes “aceitos” pela sociedade talvez não se apliquem na atualidade e vice versa em decorrência desta permanente e nítida evolução

6- RECOMENDE A OBRA

Dado a dificuldade de compreensão do texto e sua contextualização esta obra é indicada no mínimo á alunos do último período que antecede a graduação/faculdade (antigo segundo grau)

7- IDENTIFIQUE O AUTOR

Álvaro L. M. Valls , Nascido em 1947, em Porto Alegre, passou a maior parte da vida e onde trabalho como professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Fez o 2o grau no Colégio Anchieta, da mesma cidade, e a graduação em Filosofia na Faculdade Medianeira, em S]ao Paulo. Em 1973 entrou para o Departamento de Filosofia da UFRGS, onde hoje é professor-adjunto. Fez os estudos de pós-graduação na

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