Meditações metafísicas
Por: Salezio.Francisco • 25/2/2018 • 2.352 Palavras (10 Páginas) • 256 Visualizações
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Descartes ao longo de meditação transparece sua certeza da existência de Deus, mas não deixa de por em duvida tal afirmação. “A ideia , digo, de esse ser soberanamente perfeito e infinito é inteiramente verdadeira; pois, ainda que talvez se possa fingir que tal ser não existe, não se pode fingir, todavia, que sai ideia não representa nada de real.” (DESCARTES, 1973, p.116).
Ao longo da meditação Descartes já percebe que seu conhecimento vai aumentando e aprofundando no assunto, e que o mesmo não pode impedir isso. Descarte nessa etapa da meditação já se baseia nas crenças divinas, pensa que tem nele alguma ideia nele, de um Deus, qual quer seja, que causa tais pensamentos e já é soberano á ele, também pensa que devido muitas causas reunidas fazem o leva-lo a esse pensamento.
Neste momento a existência de Deus está muito clara para ele, e o resta examinar de que maneira o mesmo adquiriu tais pensamentos, para ele não foi recebida dos sentidos que possuímos, ou produção do espirito, então Descartes diz que: Não resta outra coisa a dizer senão que, como a ideia de mim mesmo, ela nasceu e foi produzida comigo desde o momento em que foi criado (DESCARTES 1973, p.119/120). Descartes pensa que ao ser criado, Deus em sua infinita inteligência, passou tais pensamentos para o mesmo.
Enfim, para ele quando ele pensa em si próprio, ele pensa em Deus, que para ele é: “Quem depende, possuem em si todas essas grandes coisas a que aspiro e cujas ideias encontram em mim, não indefinidamente, e só em potencia, mas que ele as desfruta de fato, atual e infinitamente e, assim, que ele é Deus.” (DESCARTES, 1973, p. 120).
4.1 Do verdadeiro e do falso
Nessa quarta meditação, Descartes aborda que pensando meditações interiores, pensa como temos dúvidas, e como há coisas de fato concretas e diz: “Agora desviarei sem nenhuma dificuldade meu pensamento da consideração das coisas sensíveis ou imagináveis, para dirigi-lo aquelas que, sendo desprendidas de toda matéria, são puramente inteligíveis” (DESCARTES, 1973, p.124). Ele diz que seria impossível se engando por Deus “posto que em toda fraude e embuste se encontre algum modo de imperfeição” (DESCARTES, 1973, p.125). Em seguida ver em si mesmo capacidade de julgar, e outras coisas que ele possui que acredita ser uma coisa que veio do criador, Deus, e pensa que jamais poderia falhar ao usar tais coisas. Quando o mesmo pensa em Deus não ver em si nenhuma causa de erro ou de falsidade, mas também vem a si próprio uma porção de possibilidades de que possa sim ocorrer de errar.
Noto que ao meu pensamento não se apresenta somente um ideia real e positiva de Deus, ou seja, de um ser soberanamente perfeito, mas também, por assim dizer, uma certa ideia negativa do nada, isso é, daquilo que está infinitamente distante de toda sorte de perfeição (DESCARTES, 1973, p. 124).
Ele pensa no erro, e diz a respeito que não se deve se espantar se caso enganar. Acredita que o erro em si não é algo que dependa de Deus, que seja culpa de Deus, portanto é apenas uma carência, “mas ocorre que eu me engane pelo fato de o poder de Deus me doou para discernir o verdadeiro do falso não ser infinito em mim”. Mas isso ainda não o satisfaz ele ainda pensa que: “O erro não é uma pura negação, isto é não é a simples carência ou falta de alguma perfeição que me não é devida, mas antes e uma privação de algum conhecimento que parece que eu deveria possuir” (DESCARTES, 1973, p.124).
E em seguida, olhando-me de mais perto e considerando quais são meus erros, descubro que dependem do concurso de duas causas, a saber do poder de conhecer, do que existe em mim e do poder de escolher, ou seja meu livre arbítrio; isto é meu entendimento e conjuntamente de minha vontade (DESCARTES, 1973, p .125)
Descartes reconhece que o poder dado por Deus a ele não é em si a justificação dos erros dos mesmo.
Donde nascem, pois meu erros? A saber, somente de que, sendo a vontade muito mais ampla e extensa que o entendimento, eu não a contenho-nos mesmos limites, mas estendo-a também ás coisas que não entendo; das quais, sendo a vontade por si indiferente, ela se perde muito facilmente e escolhe o mal pelo bem ou o falso pelo verdadeiro (DESCARTES, 1973, p.127)
Terminando a quarta meditação Descartes finaliza assim: “De resto, não somente aprendi hoje o que devo evitar para não mais falhar, mas também o que devo fazer para chegar ao conhecimento de verdade” (DESCARTES, 1973, p.130).
5.1 Da essência das coisas materiais e novamente de Deus que ele existe
Na sua quinta meditação, de início descartes que desembaracem das dúvidas que ele próprio criou ao longo de suas meditações e conhecer alguma coisa em certo em questão á coisas materiais. Mas antes disso, Descartes quer examinar se há coisas fora dele, que deve consideras suas ideias, e ver em seu pensamento quais são distintas e quais são confusas, ele faz um breve pensamento sobre os mesmos.
E o que, aqui estimo mais considerável é que encontro em mim uma infinidade de ideias de certas coisas que não podem ser consideradas um puro nada, embora talvez elas não tenham nenhuma existência de meu pensamento, e que não são fingidas por mim, conquanto esteja em minha liberdade pensa-las ou não pensa-las; mas possuem suas naturezas verdadeiras e imutáveis (DESCARTES, 1973, p.132).
Após essa fala de Descartes, ele usa como exemplo o triangulo, quando a gente fala triangulo, a gente já imagina o mesmo, mesmo que nunca tenha visto um triangulo, uma certa natureza, automaticamente nos faz imaginar um triangulo de tal forma, que ele é.
Ora, agora, se do simples fato de que poso tirar de meu pensamento a ideia de alguma coisa segue-se que tudo quanto reconheço pertencer clara e distintamente a esta coisa pertence-lhe de fato, não posso tirar disto um argumento e uma prova demonstrativa que Deus existe? (DESCARTES, 1973, p.132).
“Há uma certeza da existência de Deus que é do mesmo tipo que a certeza espontânea e ingênua que se atribui as verdades da matemática” (DESCARTES, 1973, p.133).
De resto, de qualquer prova argumento que eu me sirva, cumpre sempre retornar a este ponto, isso é, que são somente as coisas que concebo clara e distinta que tem a força de me persuadir inteiramente. E, embora, entre as coisas que concebo essa maneira, haja na verdade algumas manifestamente conhecidas de qualquer, e haja outras também, que não se revelam senão aquelas que as consideram de mais perto e que as examinam mais exatamente
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