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Por:   •  20/4/2018  •  3.942 Palavras (16 Páginas)  •  243 Visualizações

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Ducci 2011 remete-nos à compreensão e lembrança do que aprendemos em aulas de história quando estudávamos a respeito da produção artesanal a chamada produção artesanal manufatureira, em que o modo de produção era o doméstico e em que a agricultura era a base da sociedade onde os animais e os homens eram as únicas fontes de energia. (p.2) No entanto, sabemos que com o advento da industrialização as coisas tomaram novos rumos, ainda que de maneira lenta e muito tímida, haja vista uma perspectiva de desenvolvimento e progresso estivesse surgindo na mente das pessoas principalmente os detentores dos recursos de capital. Dá se início ao surgimento de uma nova fase de produção; a produção “fabril” situação que vai requerendo cada vez mais uma organização da mão de obra, ou seja, das pessoas envolvidas nesse novo sistema.

Ainda conforme Ducci. 2011,

Com a possibilidade de geração de energia através dos motores a vapor, com a substituição das ferramentas e do trabalho manual e animal pelas máquinas, com a instalação do sistema de produção fabril, se iniciou a revolução industrial, na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII (p.2).

Desta maneira compreendemos que passa a surgir uma nova fase de organização produtiva, dá-se início a um novo modelo de cadeia produtiva. O homem não se contenta mais com a produção artesanal onde visava tão somente a subsistência da família e em que todos os membros desta eram envolvidos no processo. Passa a existir a necessidade de uma produção em larga escala até porque a energia que passa a ser gerada para tal é superior a que antes era utilizada e os mecanismos utilizados para sua geração manutenção das máquinas que a produziam precisam de investimentos diferenciados, portanto a visão de lucros e retornos toma nova direção. Sem dúvida o mercado passa a tomar proporção que antes nem fosse imaginada que tomasse, certamente o homem não tivesse a visão acentuada do lucro e a necessidade de produzir em escala tal que se fizesse necessária para manter e suprir o novo modelo que então passa a existir.

A partir de então surge a necessidade de organização de pessoal, o que passa a se denominar, gestão de pessoas, que surge desde o período em que o sistema de produção migrou do modelo artesanal para o fabril. Estudiosos das mais diversas áreas, a exemplo da filosofia, sociologia e outras áreas sistematizavam estudos relacionados à problemática. Questionamento e sugestões eram feitos no sentido de colaborarem para um desenvolvimento cada vez mais satisfatório para o sistema produtivo da época, a exemplo está o que defendia Adam Smitha. et. All, no seu livro “A Riqueza das Nações”, (1996), onde o mesmo justificava a especialização e divisão do trabalho. Para compreendermos melhor, os operários deixariam de ser meros operários e passariam a ter uma formação especifica tornando se hábil em determinada especialidade, ou seja apto para desenvolver um trabalho específico e direcionado.

No caso acima colocado, o trabalho sofreria uma divisão acentuada onde uma espécie de cadeia produtiva passasse a existir de maneira categórica, tendo como atores, pessoas com qualificação, fruto de treinamentos e conhecimento específico na área de atuação. Sem dúvida a proposta de Smith ia muito além daquela divisão onde a diferença era pautada no exercício de quem organiza e de quem era organizado, ou seja aquele que determina as maneira de como o trabalho deveria ser executado e por quem deveria executá-lo.

Fazendo um passeio ao passado no campo da história mais especificamente no que se refere as mudanças e evoluções ocorridas no ramo da industria e empresarial, vimos que por anos a fio se arrastou inúmeras tentativas de ajustes no chamado setor pessoal das companhias. Sem dúvida, muitas das quais, influenciadas por escritores sociólogos, economistas e filósofos, e críticos entre outros. Procurando sempre acharem uma saída para que se alcançasse o sucesso e um bom desenvolvimento nas empresas, colocando-as no ranking do mercado. Entretanto, percebe se que as interpretações a respeito do assunto abordado e as sugestões dadas por tais estudiosos, não parecem possibilitar uma assimilação adequada por parte das empresas. Acompanhando o comportamento das mesmas no que diz respeito ao tratamento diferenciado que faziam para com funcionários entre os quais os que assumiam postos gerenciais e os que exerciam cargos de operação , os ditos operários. Ou seja, as funções eram mais importantes do que as pessoas envolvidas para o desempenho das mesmas. Não é suficiente apenas a boa intenção na crença de que os estudos apontados e temam discutidos e sugeridos pelos mais renomados estudiosos e pesquisadores eram o suficiente para a adoção de um modelo que pudesse proporcionar o desenvolvimento esperado de determinada companhia, assegurando-lhe um bom negócio.

Portanto, existe uma necessidade de transição do antigo modelo de empresa para um novo modelo onde o recurso humano seja o mais valoroso bem da companhia, em que, o fator “relação humana” seja tomado como o objeto imprescindível para caracterização desse novo paradigma empresarial e, seja determinante para o bom desenvolvimento e entrosamento no mercado de trabalho, refletindo de maneira significativa em seus negócios. Ou seja, a promoção de ações motivacionais passa a ser fator primordial na organização da empresa e fatores como salário e remuneração não sejam tão marcantes como no antigo modelo, estes se tornam resultado do desempenho de pessoal, em detrimento da excelente aplicação das ações motivacionais desenvolvidas. Ducci, 2011, relata:

O fato é que o capitalismo, com a livre concorrência, a abertura dos mercados, as inovações tecnológicas e o aumento do fluxo de informações, não permite que uma empresa seja administrada como o início da Revolução Industrial e exige que as teorias administrativas evoluam, e com elas evoluem as teorias sobre recursos humanos e gestão de pessoas. (Ducci, 2011, p.7).

Os recursos humanos devem ser tomados como parte essencial do desenvolvimento de uma determinada empresa, no sentido de que haja um constante investimento voltado para a preparação e treinamento de pessoal, permitindo-lhes ações bem elaboradas e dando-lhes cada vez mais condições técnicas para desenvolvimento de suas atividades. Obviamente seria um aproximar-se cada vez mais do mercado, em condição de competitividade dentro dos padrões de exigência comerciais da atualidade.

Conhecimento e inovação são o que as empresas atualmente devem buscar desenvolver no seu quadro de recursos humanos, através do fomento de ações

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