A Inflação e Deflação
Por: YdecRupolo • 21/11/2018 • 3.251 Palavras (14 Páginas) • 243 Visualizações
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Uma pesquisa feita por professores Insper e da UFABC mostrou que os países latinos americanos mais combatem a inflação com o uso de política monetária, isto é, principalmente o uso da taxa de juros é do brasil e o México e os que menos utilizam a taxa de juros com mecanismos de combate à inflação e a Argentina, Venezuela e Colômbia. Neste gráfico usamos a taxa de juros real, isto é, descontada a taxa de inflação. Optamos pela taxa real para não nos enganarmos e termos uma visão distorcida e inflacionada da taxa de juros.[pic 1]
[pic 2]
2-1 Deflação
A deflação é a redução do nível geral de preços, de forma persistente (vários meses consecutivos) e aplicada à generalidade dos produtos. A deflação conduz à criação de expectativas de uma inflação negativa a médio prazo.
A deflação pode ser gerada pela baixa procura de determinados produtos ou serviços, ou pela maior oferta, menor demanda (procura) e pelo volume de moeda em circulação. Não se deve confundir deflação com desinflação, que é a redução do ritmo de alta de preços num processo inflacionário. Quando a inflação cai do patamar de 10% ao mês para o de 5%, por exemplo, pode-se dizer que houve desinflação. Deflação é quando os preços médios recuam, ou seja, a taxa torna-se negativa. As empresas reduzem preços como única alternativa de venda e podem ir à falência devido às perdas decorrentes da venda abaixo do custo. Em suma, a deflação é um crescimento negativo dos preços médios.
Os preços acabam caindo sempre que sobram mercadorias por falta de consumidores. Como as empresas não conseguem vender como antes, mesmo a preços menores, o faturamento e o lucro também acabam reduzidos. Para não ficar no prejuízo, elas são obrigadas a diminuir o ritmo da produção e a demitir funcionários. Com o desemprego alto, ninguém costuma gastar além da conta. Por isso, a oferta de serviços e os estoques crescem. Resultado: excesso de bens e preços menores que os de períodos anteriores.
O processo de deflação ainda pode ser iniciado, ou agravado, pela baixa oferta de moeda. Quer dizer, falta dinheiro em circulação, seja por causa dos juros altos, que tornam o crédito proibitivo, seja pela falta de investimentos. Essa bola de neve costuma afetar todos os setores da economia, do agricultor aos fabricantes de eletrodomésticos, além de abalar a própria estrutura social.
2-2 Fatores que causam deflação
A pouca oferta leva os produtos a são forçados a baixarem o preço para tentar atrair os compradores e aumentar as vendas. Uma vez que se inicia o processo de deflação, pode ser bastante difícil reverte-lo. A queda dos preços leva os empresários a obterem menos lucros, algo que pode resultar em rescisões e a um retrocesso na economia, o que favorece descidas ainda mais bruscas nos preços.
2-3 Vantagens e desvantagens da deflação
Existe uma tendência natural para associar malefícios à inflação e vantagens a deflação. Contudo, em economia, as circunstancias são muito mais complexas do que aquilo que aparentam. Neste sentido, a deflação pode apresentar uma caráter tão ou mais devastador do que o da inflação.
Uma decida continua e generalizada dos preços fará com que a população deixe de comprar, esperando que os preços possam cair cada vez mais. Desta forma, estão reunidas condições para uma diminuição progressiva da produção, que se repercute de forma negativa no emprego, extinguindo vagas de emprego. É por isso que, mesmo em momentos de crise, são implementados estímulos ao consumo.
2-3 Analise geral da deflação.
A deflação no sentido de uma diminuição da oferta monetária. Esse é o caso mais interessante do ponto de vista político porque poucos economistas, bem como os leigos, estão prontos para admitir que haja qualquer benefício com esse tipo de deflação. Mas antes de nos concentrarmos neste caso, examinemos brevemente o caráter da deflação sob uma conotação algo distinta, a saber, no sentido de uma queda no nível geral de preços. Esse tipo de deflação atrai muito menos crítica do que o outro tipo, mas pode ser útil lidar primeiro com esse tipo, como forma de aquecimento para discussões subsequentes.
2-4 Verdade e mitos sobre a deflação.
- Não é possível ganhar dinheiro e ter lucros quando o nível de preços cai.
Uma atividade de sucesso não depende em nada do nível de preços, mas, sim, da diferença entre os preços, mais precisamente, da diferença entre a receita de venda e o custo da despesa. Mas tal diferença pode existir, e de fato existe, sob qualquer nível de preços e mesmo quando há um declínio constante nos preços. A razão essencial é que os empreendedores podem antecipar um declínio nos preços, assim como eles podem antecipar um aumento dos preços. Se eles anteciparem um declínio futuro na receita de suas vendas, eles irão forçar para baixo os preços atuais dos fatores de produção, garantindo dessa forma tanto uma produção lucrativa bem como emprego para todos aqueles dispostos a trabalhar.
- Preços em queda é algo bom, uma demanda agregada insuficiente é algo ruim
Apesar de os defensores desse mito admitirem que preços menores são vantajosos para o consumidor, eles alegam existir desvantagens óbvias para os produtores. Particularmente, haveria poucos incentivos para se investir em qualquer tipo de negócio em um ambiente de preços descendentes. Já retrucamos esse argumento mostrando que o nível absoluto de preços futuros é irrelevante para um empreendimento lucrativo. O fator relevante é a possibilidade de se obter uma margem entre as receitas de venda e os custos da despesa, e essa possibilidade existe independentemente dos movimentos do nível de preços.
- Deflação acarreta um crescimento econômico mais lento do que quando há inflação
Alguns defensores da inflação admitem que a produção pode de fato continuar após uma deflação, e possivelmente até mesmo durante uma deflação. Mas eles alegam que o crescimento econômico será seriamente restringido pelos ajustes necessários, de modo que seria preferível evitar a deflação através da inflação - ou, como eles dizem, reflação.
Em contraste, a inflação constantemente atrai capital para projetos de investimentos que, em condições normais,
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