A Gestão Estratégica
Por: Hugo.bassi • 29/10/2018 • 2.851 Palavras (12 Páginas) • 258 Visualizações
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Levando em consideração que o alerta da ONU sobre a crise hídrica foi em 2002, muitas ações já foram realizadas pelas empresas para minimizar esses impactos e ajudar para que isso não aconteça. O programa de sustentabilidade de ambas empresas possui cronogramas e metas bem estabelecidas, algumas atingidas antes mesmo do previsto, que abrange tanto a questão da diminuição do uso da água na fabricação dos produtos como também o investimento em tecnologia para criar bebidas sem água.
A Coca-Cola possui normas e metas estabelecidas em uma plataforma global de ações, e no relatório de 2011 a empresa já registrava uma queda no uso da água na fabricação dos produtos (1,91 litro de água por litro de bebida) de 23% comparado à 2002 (2,47 litro de água por litro de bebida); a meta até então era que o número fosse reduzido até 1,47 litro até 2020, mas o número foi reajustado no relatório de 2015 para 1,68 litro.
IMAGEM 1 – Evolução do consumo de água utilizado na fabricação de 1 litro de bebida.[pic 1]
FONTE: Relatório de sustentabilidade Coca-Cola, 2015.
A explicação para a mudança na meta é que:
As razões para essa revisão estão relacionadas a mudanças no nosso portfólio de produtos e embalagens, como a maior participação de sucos e chás, que consomem mais água na sua linha de produção. Houve também o aumento da participação de mercado das embalagens de vidro e PET retornáveis, que, apesar de contribuírem positivamente para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e geração de resíduos, apresentam consumo médio de água maior do que as linhas convencionais. (Relatório de sustentabilidade Coca-Cola 2015, p 24).
Este é um aspecto bem positivo se considerarmos que os ajustes também fazem parte do planejamento. Possivelmente esta mudança ocorreu pelo fato de que nos últimos anos o aumento da visibilidade de produtos mais “saudáveis” fez com que esse mercado crescesse e sua demanda também. COMPLEMENTAR
4 TENDÊNCIAS DE MERCADO
A previsão do ambiente é uma ferramenta que auxilia no êxito do planejamento estratégico, mediante a adequada avaliação do ambiente interno e externo. Segundo Wright (2000), o scanning - técnica que consiste na coleta de informações sobre tendências relevantes no ambiente - e as análises macroambientais do setor são marginalmente úteis para a situação atual. Desse modo, as análises para serem significativas, devem prever mudanças e tendências futuras.
Segundo o relatório feito pelo Ministério de Minas e Energias para o cenário macroeconômico 2016-2025, espera-se melhor desempenho dos países desenvolvidos e de desaquecimento dos países emergentes, em virtude especialmente do menor crescimento da economia chinesa. A expectativa é de que o comércio mundial entre em trajetória mais vigorosa à medida que os níveis de atividade dos países desenvolvidos aumentarem, favorecendo a demanda por produtos dos países emergentes. Como resultado, espera-se que a economia mundial cresça 3,7% ao ano e o comércio internacional, 4,4% ao ano (médias no período).
TABELA 1 – Taxas de crescimento do nível de atividade (médias no período)
INDICADORES ECONÔMICOS
HISTÓRICO
PROJEÇÃO
2005-2009
2010-2014
2016-2020
2021-2025
PIB mundial (% a.a.)
3,8%
3,9%
3,6%
3,8%
Comércio mundial (% a.a.)
3,5%
5,8%
4,1%
4,7%
PIB nacional (% a.a.)
3,7%
3,3%
1,4%
3,5%
Fontes: IBGE e FMI (Dados históricos) e EPE (Projeções)
Ainda segundo o relatório, mesmo com números positivos, para elevar a produtividade da economia brasileira, fazendo com que ela contribua mais fortemente para o crescimento econômico, os investimentos em P&D e na formação e capacitação da mão-de-obra precisarão aumentar consideravelmente. No entanto, tais políticas necessitam de períodos longos para gerar efeitos significativos.
Cada vez mais a preocupação com hábitos alimentares saudáveis vem fazendo que as empresas invistam em novas tecnologias e novos produtos voltados a essa demanda de mercado. A Coca-Cola por exemplo, investiu pesado em produtos com menos açúcar e reformulou toda sua linha de refrigerantes, água, néctares, lácteo, chás, repositores e energéticos, com seu novo slogan: “Sua sede move a nossa”. É claro que esse é um hábito que só tende a crescer, uma pesquisa da Euromonitor International – que é uma empresa de pesquisa mundial – estima que as vendas reais de refrigerantes e sucos com baixo teor de açúcar crescerá 3,6% até 2020. A Coca-Cola sabendo disso, ouviu os consumidores e o mercado e reformulou 42 produtos do seu portfólio reduzindo o açúcar em 24 deles. É importante saber quais as previsões para o mercado nos próximos anos para tornar o planejamento mais rico e preciso.
5 CONSTRUÇÃO DOS CENÁRIOS
Os cenários são ferramentas utilizadas para a análise do ambiente externo, projetando possíveis situações futuras, auxiliando na elaboração da estratégia para a organização. Quanto melhor a elaboração e análise do cenário, maior a probabilidade de acerto das decisões estratégicas, e mais ágil e fácil será a mudança de estratégia, de acordo com as modificações no ambiente.
As variáveis internas e externas fazem um jogo de ações e reações, estabelecendo relações de causa e efeito, a técnica de cenários procura facilitar a compreensão dos agentes envolvidos, a medida em que busca identificar e reconhecer os elementos incontroláveis e imprevisíveis às ações do gestor.
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