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As Relações sexuais e atos libidinosos com outra pessoa sem o seu consentimento

Por:   •  7/12/2018  •  1.266 Palavras (6 Páginas)  •  397 Visualizações

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Para concluirmos temos um depoimento de uma menina que foi estuprada pelo seu avô.

Maria C., de 32 anos

"Aos 12 anos eu sofri uma tentativa de estupro do meu avô. Eu nunca me senti 100% confortável quando ele pedia para sentar no colo dele, mas, tentava sempre confiar que era um ato de carinho, já que eu era neta dele. Isso acontecia com frequência e, para mim, não existia maldade. Até o dia que ele não me deixou levantar, apertou o meu corpo contra o dele e começou a passar a mão em mim enquanto minha avó não estava. Mesmo assustada, eu contei imediatamente para minha mãe, que ficou desorientada e sem saber direito o que fazer. Eu vivia a maior parte do tempo na casa dos meus avós e quando aconteceu, fui induzida a não falar sobre o assunto com ninguém e minha mãe não quis denunciar para a polícia. Nada foi feito. Foi assustador.

Após um tempo, o meu comportamento ficou diferente, mudou, principalmente com ele e a família começou a perceber. Todo mundo sempre me questionava e eu me esquivava, fingia que estava tudo bem. Meus tios cercavam a minha mãe o tempo todo para saber o que estava acontecendo. Ela sempre negava que algo estava acontecendo, por não querer expor uma situação desconfortável, mas acabou contando. Um deles duvidou de mim e resolveu confrontar o meu avô, que confirmou o que aconteceu. A partir desse momento, eu só quis esquecer tudo o que me aconteceu.

O assunto nunca mais foi tocado em família e, de certa forma, sempre fui forçada a um certo convívio com ele. Ninguém nunca tomou nenhuma atitude e me induziram a calar, guardar isso sozinha, me senti extremamente culpada, mesmo com um cenário ao meu favor -- já que ele assumiu o que tinha feito e eu deixei de ser a mentirosa da situação. Mas, aos 12 anos, tudo isso é muito confuso. Eu ainda era uma menina, sabe? Essas coisas são muito complicadas. Eu ainda acho que tive sorte que aconteceu apenas uma vez. O tempo passou e as imagens vão e vêm. Tive muitos momentos de depressão, hoje faço acompanhamento psiquiátrico e tomo remédios. Mas ainda me incomodo quando vejo meus tios se referindo a ele como "o grande herói da família".

Conclusão

Na nossa sociedade precisamos mudar diversas coisas, mas precisamos principalmente começar a termos respeito um com os outros. Respeitar os limites de cada um, respeitar decisão de cada um, respeitar a roupa de cada um, não julgar ou culpar.

Pensar em pessoas invadindo a sua privacidade, seu corpo e debilitando pessoas a viver normalmente, sem traumas, sem medos, sem ter que se esconder, sem se isolar, é horrível.

Precisamos de união para lutar contra essa violência, que é crime e um absurdo, e que infelizmente vem aumentando.

Referências bibliográficas

http://www.huffpostbrasil.com

http://brasil.estadao.com.br

http://g1.globo.com

http://www.abc.med.br

https://brasil.elpais.com

http://www.bbc.com

http://ultimosegundo.ig.com.br

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