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O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por:   •  6/12/2018  •  3.427 Palavras (14 Páginas)  •  619 Visualizações

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2.1 O JOGO E O BRINQUEDO NO PROCESSO EDUCACIONAL

. Na escola, como lugar essencialmente destinado à apropriação e elaboração pela criança de determinadas habilidades e determinados conteúdos do saber historicamente constituído, a brincadeira é negada, secundarizada, ou vinculada a seus objetivos didáticos.

Fazer com que a escola, professores e alunos compreendam que os jogos e brincadeiras não são apenas um passatempo é uma tarefa que requer um bom plano de trabalho.

A esse respeito, Fontana e Cruz (1997) colocam:

(...) a possibilidade de trazer o jogo para dentro da escola é uma possibilidade de pensar a educação numa perspectiva criadora, autônoma, consciente. Através do jogo, não somente abre-se uma porta para o mundo social e para a cultura infantil como se encara uma rica possibilidade de incentivar o seu desenvolvimento. A ideia de aproveitar o jogo como alternativa metodológica não prioriza sua utilização enquanto mero instrumento didático. (FONTANA e CRUZ, 1997, p.56)

É necessário que os professores deixem as crianças brincarem, para perceberem como é sua interação e socialização com o outro, sendo apenas espectadores, mediadores e facilitadores para intervenção da aprendizagem, e facilitem a criação de situações que permitam ao aluno desafiar suas limitações.

2.2 COMO SELECIONAR OS JOGOS E BRINQUEDOS

“… se considerarmos que a criança pré-escolar aprende de modo intuitivo adquire noções espontâneas, em processos interativos, envolvendo o ser humano inteiro com suas cognições, afetividade, corpo e interações sociais, o brinquedo desempenha um papel de grande relevância para desenvolvê-lo. Ao permitir à ação intencional (afetividade), a construção de representações mentais (cognição), a manipulação de objetos e o desempenho de ações sensório-motoras (físico) e as trocas nas interações (social), o jogo contempla várias formas de representação da criança ou suas múltiplas inteligências, contribuindo para a aprendizagem e o desenvolvimento infantil…” (KISHIMOTO, 1996, p.36).

Quando se trata de crianças de 4 a 7 anos, o jogo recebe atenção especial, uma vez que as crianças da pré-escola encontram-se no período pré-operacional, (2 aos 6 anos), relatado por Piaget.

Marcadas por forte egocentrismo, é nesta fase que as atividades em grupo são bastante favoráveis, especialmente para o desenvolvimento social, ainda por que nesta fase constroem-se importantes conceitos, sempre relacionados ao mundo que as cerca.

Segundo Piaget (1994), “Os jogos infantis constituem admiráveis instituições sociais. O jogo é uma forma de atividade particularmente poderosa para estimular a vida social.”

Dessa forma, selecionar os jogos e brincadeiras adequados requer a consideração da idade, fase e maturidade da criança.

“O jogo faz parte do processo de construção da cidadania”. Essas palavras de DIDONET (1996, p. 4) evidenciam a importância do jogo na vida da criança no sentido de adquirirem autonomia, uma das características da pessoa que exerce a cidadania.

Nessa perspectiva, o brincar não é um mero lazer, uma atividade para passar tempo e nem uma forma de manter as crianças ocupadas para que não perturbem os adultos.

O brincar exerce papel importante no processo de construção social da personalidade da criança. Permite à criança compreender a importância e a necessidade de regras. Quando a criança é privada de brincar tem mais dificuldade de compreender a necessidade das regras, leis, normas feitas pelos adultos, às quais é submetida desde cedo.

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3 A CONTRIBUIÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Toda criança ao brincar, sente-se livre para expressar seus sentimentos e pensamentos. É nesse momento que ala introduzirá seu mundo real na brincadeira, do faz de contas, adquirindo as diversas aprendizagens e desenvolvendo suas habilidades.

Quando uma criança brinca, ela esquece o mundo à sua volta, entregando-se totalmente à brincadeira, pois, este é um momento descontraído, onde o riso, a alegria e o prazer estarão presentes, tornando significativo e também proporcionará à criança novas experiências e descobertas. Esse recurso lúdico estimula a participação da criança em toda atividade que desenvolve, porque esta linguagem que ela conhece e domina ao entrar na Educação Infantil ou mesmo no primeiro ano do ensino fundamental, quando ainda este é o seu primeiro contato com a escola.

O significado da palavra lúdico pode variar de acordo com os mais diversos autores de dicionários e estudiosos. No entanto, seu significado acaba por permear algo comum e muito conhecido pelas crianças e pelos adultos. Entre suas definições merecedestaque as expressões:brincadeira,jogo,divertimento,festa,alegria,brinquedo e passatempo (MALUF,2003).

Rosa e Nisio (1999), baseadas na Enciclopédia Mirador Internacional, afirmam que existem duvidas quanto à origem do brincar, pois o termo poderia vir como tradução de diversos idiomas falados no mundo como: do alemão, do latim, italiano ou do Francês. A autora salienta ainda que nesta mesma enciclopédia o termo lúdico aparece como expressão originaria de Portugal, que significa jocus.

Conforme Kishimoto (1996),o renascimento foi o período de “compulsão lúdica”, onde a brincadeira era considerada uma conduta que favorecia o desenvolvimento da inteligência e facilitava os estudos “(...) a criança passa a ser vestida de acordo com sua idade, brinca e tem permissão para se comportar de modo distinto do adulto” (KISHIMOTO, 1996, p.41).

Kishimoto (1996) salienta que embora tenha sido considerado, durante todo esse tempo, como essencial ao desenvolvimento infantil, somente no início do século XIX, com o término da Revolução francesa, é que o jogo, entendido como objeto e ação de brincar, passa a fazer parte da educação pré- escolar.

Com intenção de facilitar a aprendizagem das crianças na Educação Infantil, sobretudo daquelas tidas com necessidades especiais e de favelas da Itália, a médica e educadora italiana, Maria Montessori, elaborou no início do século XX materiais destinados à educação dessas crianças.

De acordo com Ferrari (2003), Maria Montessori acreditava que “(...) a educação é uma conquista da criança, (...) que já nascemos com a

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