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O Consumismo humanos e suas relações com os Impactos Ambientais

Por:   •  25/12/2018  •  1.717 Palavras (7 Páginas)  •  460 Visualizações

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A maneira como um grupo se distribui e utiliza esses recursos naturais tem total influência nesse significado, seja ele afetivo, de necessidade ou de lucratividade. Sendo assim, a relação de uma sociedade indígena ou ribeirinha com o mundo natural e de uma sociedade de classes é completamente diferente. Logo, a concepção de natureza muda à medida que as exigências sociais mudam (CARVALHO, 1991). Essa relação, das necessidades das sociedades com a utilização dos recursos naturais, influência inclusive no desenvolvimento sustentável uma vez que cada grupo social gera um impacto maior ou menor no meio ambiente.

- A sociedade capitalista no contexto ambiental

“A continuidade/reprodução de uma sociedade em bases capitalistas pressupõe não só a garantia dos meios materiais necessários a cada ciclo de reprodução, mais também a reprodução das classes sociais [...]” (WALTER, 2005, p.48), essa conservação de classes garante a desigualdade e a submissão dos homens pelos homens. Além disso, o capitalismo se mantém pela acumulação de capital e pela busca constante de lucro. Sendo assim, seu objetivo principal é a maior produção e para isso é preciso que o consumo e a mão de obra também aumentem (CARVALHO,1991).

Essa produção constante e sem limites tem ligação direta com os impactos ambientais, pois o capital utiliza a natureza como fonte direta de mercadorias.

- A relação da questão ambiental e da produção

Em virtude dessa degradação do ambiente causada pela produção excessiva o movimento ecológico surge na tentativa de preservar a natureza e manter o aumento econômico. No entanto, muitas das empresas assim como órgãos oficiais de fiscalização aparentam apoiar as causas do movimento, mas na verdade o fazem com intuito de acobertar as ilegalidades das indústrias.

Dessa forma, o trabalho da ação ecológica se torna enfraquecido e consequentemente não é possível chegar a algum resultado considerável de melhora nos impactos ambientais.

[...] a “questão ambiental” torna-se campo de intervenção seja coo campo de pesquisa ou como atuação no âmbito de programas socioambientais das empresas, conhecido como gestão ambiental no sentido de educação ambiental, onde se coloca a preservação da natureza desde que não questione a produção destrutiva que o capital provoca no meio ambiente. (FERREIRA; COELHO, 2015, p.8)

- A influência do consumismo na natureza

O consumismo é uma das principais características do capitalismo e tem uma relação de reciprocidade com a produção em massa. No entanto, esse consumo exagerado é influência principalmente das mídias sociais que estão presentes na vida do homem, mesmo que inconscientemente. Devido ao grande acesso, de parte da população, aos produtos tecnológicos a rede de marketing está atuando diretamente e constantemente nos produtos oferecidos pela indústria. Dessa forma, as classes mais altas têm maior relação de interferência da degradação da natureza e consequentemente são considerados os aqueles que mais consomem as riquezas naturais.

Sabendo que o consumo tem relação direta com a produção, quanto mais o consumo aumenta maior fica a exploração do meio ambiente. O principal problema é que a natureza não consegue repor tudo aquilo que o homem retira e nem o próprio homem ajuda, uma vez que os movimentos ecológicos são burlados por muitas empresas. Além disso, a falta de preocupação com os dejetos despejados incorretamente na natureza também é uma preocupação, principalmente quando há presença humana usufruindo diretamente dos recursos naturais. Sendo assim,

[...] o homem se apropria dos elementos naturais e, após seu consumo, os devolve a natureza, esta troca de elementos entre sociedade humana e meio ambiente no modo de produção capitalista, revela traços destrutivos da sociedade do capital, o que trás uma unidade entre degradação ambiental e alienação do trabalho.[...] (FERREIRA; COELHO, 2015, p.2-3)

Sabe-se que o consumo humano é inevitável, faz parte da natureza do homem e o consumir não é necessariamente um problema. A grande questão é o quanto consumimos e a frequência desse consumo. Se o tanto que se retira da natureza para satisfazer o ser humano, a ponto de não haver uma reposição, é realmente necessário. Quem são realmente os verdadeiros responsáveis por esse impacto ambiental e quem deve arcar economicamente com esses prejuízos. E o principal, se naturalmente o homem faz parte dessa natureza inventada todo esse mal causado por suas ações não devem automaticamente fazer mal a si mesmo e sua própria sociedade.

Conclusão

Percebe-se então que a natureza não deixa de ser uma invenção do homem e seu significado tem influência do tipo de sociedade que ele esta inserido. E que quando essa natureza é criada a partir de uma sociedade de classes são as relações de poder entre as pessoas que se cria um papel de domínio da natureza. Essa relação tem principal objetivo de extrair as matérias primas do meio ambiente e produzir mercadorias para gerar lucros.

É a partir dessa renda obtida e das classes divididas que a desigualdade passa a estar presente nas sociedades e o capitalismo reafirma isso. Ele passa a dominar as indústrias e estar presente na vida dos homens a partir do consumismo. O consumo fora de ordem, exagerado, desencadeia um padrão que faz parecer normal por todas as sociedades capitalistas e esse padrão de consumo torna-se um dos principais sinônimos da insustentabilidade.

Dessa forma, o movimento ecológico tenta atuar, em sua maioria das vezes de forma fraca, para defender a natureza. No entanto, a ambição para gerar cada vez mais capital faz com que se burle a tentativa de sustentabilidade e dessa forma, se defende a natureza para mascarar a produção e a degradação ambiental cada vez mais.

Bibliografia

CARVALHO, M. B. de. O que é natureza. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1991.

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