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O Comportamento Comum de uma Criança na Terceira Infância

Por:   •  6/12/2018  •  2.062 Palavras (9 Páginas)  •  350 Visualizações

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Raciocínio Moral –

Piaget sugeriu que o raciocínio moral se desenvolve ao longo de 3 estágios. As crianças passam gradualmente de um para o outro em idades diferentes.

O primeiro estágio: (correspondendo ao estágio pré-operacional) caracteriza-se pela obediência à autoridade. Crianças pequenas pensam rigidamente sobre conceitos morais. Por serem egocêntricas, conseguem imaginar apenas um jeito de considera um desfecho moral. Acreditam que as regras são ditadas pela autoridade dos adultos e não podem ser desobedecidas ou alteradas, que o comportamento é certo ou errado e que qualquer ofensa merece ser punida, independentemente da intenção.

O segundo estágio: (estágio das operações concretas) é caracterizado pelo aumento da flexibilidade e por algum grau de autonomia com base no respeito mútuo e na cooperação. Por conseguirem considerar mais de um aspecto em uma situação, chegam a julgamento morais mais sutis.

O terceiro estágio: A "igualdade" assume diferentes significados para a criança. A crença de que tudo devem ser tratados de modo semelhante gradualmente dá lugar à ideia de equidade, de levar em consideração circunstâncias específicas. Um dos aspectos do raciocínio moral é a habilidade de entender as obrigações recíprocas e de prever como uma pessoa se sentiria perante um compromisso não cumprido.

Memória e Outras Capacidades de Processamento -

À medida que avançam nos anos escolares da terceira infância, as crianças conseguem progressos sólidos em suas habilidades para processar e reter informações. Só a partir da terceira série as crianças reconheceram que a memória pode ser distorcida por sugestões. À medida que as crianças crescem, desenvolvem estratégias melhores, usando-as com mais eficácia e elaborando-as de maneira que sirvam a necessidades específicas. Quando as crianças mais velhas aprendem a usar uma estratégia, passam a usá-la em outas situações. As crianças costumam usar mais de uma estratégia para uma tarefa e escolhem diversos tipos de estratégia para problemas diferentes.

Crianças da terceira infância conseguem concentrar-se mais do que as mais novas, e podem concentrar-se em uma informação necessária ou desejada enquanto eliminam a que não lhes serve.

Linguagem, Leitura e Escrita / Alfabetização –

A habilidade linguística apresenta maiores progressos durante a terceira infância. As crianças em idade escolar são mais capazes de compreender e interpretar comunicações verbais e escritas e conseguem fazer-se entender melhor. O vocabulário aumenta, as crianças usam cada vez mais verbos para a descrição de uma ação. A área que mais se desenvolve nos anos escolares é o uso prático da linguagem para se comunicar, compreende as habilidades de conversação e de narração. Aprender a ler e a escrever liberta as crianças da restrição da comunicação face a face, dando-lhes a possibilidade de acessar as ideias e a imaginação de pessoas em terras distantes e em períodos passados.

A partir do momento em que as crianças conseguem ler e escrever, podem traduzir os sinais de uma página em um padrão de sons e significado, desenvolver estratégias progressivas e sofisticadas para entender o que leem e usar a palavra escrita para expressar ideias, pensamentos e sentimentos.

A escola é a maior experiência de formação e afeta todos os aspectos do desenvolvimento humano. Na escola, as crianças adquirem conhecimento, habilidades e competência social, desenvolvendo seus corpos e mentes e se preparam para a vida adulta. As experiências dos primeiros anos de escola são críticas para a formação de uma base que determinará os futuros sucessos ou os fracassos.

Distúrbios de Aprendizagem –

Esses distúrbios são disfunções que interferem nos aspectos específicos do desempenho escolar, como o ouvir, o falar, a leitura, a escrita, a matemática, resultando em desempenhos sensivelmente inferiores aos esperados, considerando-se a idade e a inteligência da criança e o seu nível de instrução. A dificuldade em matemática, por exemplo, aparece como uma dificuldade em contar, comparar números, calcular e recordar elementos básicos da aritmética. Cada uma dessas deficiências pode se originar de incapacidades diferentes.

As crianças com problemas de aprendizado muitas vezes têm inteligência média e acima da média, visão e audição normais, mas parecem ter problemas no processamento da informação. Naturalmente, nem todas as crianças que apresentam dificuldades em ler ou em aritmética, ou em outras matérias específicas da escola, têm distúrbios de aprendizagem.

Desenvolvimento da Identidade –

O crescimento cognitivo que ocorre durante a terceira infância permite à criança desenvolver conceitos mais complexos e ganhar compreensão e controle emocional.

Um importante determinante da autoestima é a visão que a criança tem de sua capacidade para o trabalho produtivo. A questão a ser resolvida na terceira infância é a da produtividade versus inferioridade. As crianças precisam aprender habilidades valorizadas em sua sociedade.

Crescimento Emocional e Comportamento Pró-Social –

À medida que as crianças crescem, tornam-se mais conscientes de seus próprios sentimentos e também dos outros. Podem controlar melhor suas emoções e responder ao sofrimento emocional alheio. Por volta dos 7 ou 8 anos, a criança tem consciência de que sente vergonha. Essas emoções afetam a opinião que ela tem de si própria. O grupo de amigos ou colegas surge de forma espontânea. Naturalmente formam-se grupos entre crianças que vivem próximas ou vão para escola juntas.

Sobre Salim –

Com os fatos sobre a terceira infância já destacados, podemos então apontar aquilo que Salim não apresenta em relação ao esperado. Dentre diversos fatores que podem afetar no desenvolvimento, podemos citar os estilos de parentalidade. A parentalidade permissiva, por exemplo, de acordo com Diane E. Papalia e Ruth Duskin Feldman, em seu livro “O Desenvolvimento Humano” – “[...] enfatiza a auto expressão e autorregulação. Consultam as crianças sobre decisões e raramente punem. São carinhosos, não controladores e não exigentes. Quando na pré-escola, seus filhos tendem a ser imaturos – apresentam muito pouco autocontrole e pouca curiosidade exploratória. ” Com isso em mente, podemos relembrar do comportamento de

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