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Abordagem Centrada na Pessoa

Por:   •  13/3/2018  •  1.245 Palavras (5 Páginas)  •  289 Visualizações

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dos sonhos de Skinner. Rogers pensou diferente sobre a projeção de uma teoria psicológica desumanizada e propôs realizar uma psicologia no aqui e agora dos grupos em que as pessoas se encontravam a si mesmo, em um contexto de suspensão do mundo social, cultural e institucional desumanizado.

A autora ainda cita no artigo uma breve referência ao ensaio de Ricouer (1989), afim de uma melhor interpretação e entendimento sobre o ponto de vista Rogeriano do imaginário sobre os grupos, destaca que Paul Ricouer (1989) analisa duas figuras do imaginário social e cultural, de forma ideológica e utópica, que de maneira complementar, operam modos de lidar com o passado e com o futuro, e principalmente com as iniciativas do presente, ou seja, a Ideologia visa reforçar o estatuto social presente, com base em uma interpretação do passado, enquanto a utopia cabe imaginar outro lugar e outro tempo que se propõem como alternativa à realidade presente.

A função social dessas figuras do imaginário coletivo pode ser construtiva ou negativa. O sentido negativo da ideologia representa a crença coletiva subtraída à crítica e o sentido positivo representa a construção de uma imagem idealizada, configurando a identidade de um grupo ou de uma sociedade.

Ricouer ainda evidencia que a relação entre ideologia e utopia deve permitir relacionar dois fenômenos fundamentais que desempenham um papel decisivo na forma como nos situamos na história para ligar as nossas expectativas referente ao futuro, referindo-se a tradições herdadas do passado e iniciativas do presente, assim encarando-as como uma espécie de mediadoras entre a esperança e a tradição.

A explicação de Ricouer, é de que a ideologia e utopia aparece como figuras da tensão, no imaginário, entre uma função de integração e uma função de subversão portanto, dando-se uma relação de complementaridade. O autor ainda salienta que as formas patológicas da ideologia e da utopia, identificadas como figuras da falsa consciência, podem ser criticadas, de maneira cruzada e recíproca, a partir de suas formas construtivas.

A autora entende que as experiências grupais foram encaradas como realizações pontuais e miscroscópicas de uma visão utópica da vida social, realizações que se davam no aqui e agora do processo grupal, pontua ainda que não era no plano teórico que esta visão tratava seu embate com a ordem estabelecida, mas sim no plano de ação, pois as experiências grupais e seu relato ocuparam o lugar da teoria cumprindo o papel de projetar no horizonte uma organização social baseada no poder .

Concluímos a criação do Centro de Estudo da Pessoa, foi primordial para que Rogers se desprendesse das antigas instituições profissionais que fazia parte, podendo então, trabalhar com mais liberdade. Rogers com sua coragem conseguiu implantar os encontros nas comunidades e mostrar-se seguro diante de seu conhecimento para que se chegassem ao resultado esperado. O que parecia quase impossível de ser realizado, aconteceu nos encontros de grupos, fazendo-se acreditar que para se obter realizações interpessoais é preciso notar que os resultados estão em suas próprias realizações, percebeu-se que ao trabalhar psicologicamente as interações sociais, os conflitos intragrupais e intergrupais, se afastariam dos obstáculos sociais, econômicos, políticos e ideológicos, consequentemente diminuindo-se os confrontos sociais.

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