Resenha Crítica Sobre o Artigo: “Apontamento de anatomia e fisiologia da lactação” de Adelaide Órfão e Cristina Gouveia.

Resenha Crítica sobre o artigo: “Apontamento de anatomia e fisiologia da lactação” de Adelaide Órfão e Cristina Gouveia.

O artigo “Apontamento de anatomia e fisiologia da lactação” de Adelaide Órfão e Cristina Gouveia tem como objetivo informar os processos fisiológicos e anatômicos que regulam a produção de leite. A introdução faz um apanhado geral de dados históricos e atuais sobre a amamentação exclusiva e suplementada e analisa as causas do abandono precoce do aleitamento materno.

As mamas são estruturas anexas à pele especializadas na produção de leite e são constituídas por células excretoras rodeadas por tecido mioepitelial o que torna os ductos sensíveis à oxitocina. Após o parto ocorre o declínio dos estrógenos e progestágenos, suspendendo assim o efeito inibidor da lactação promovido pela placenta durante a gravidez.

A prolactina produzida pela adenohipófise está então presente em níveis elevados e vai atuar nos receptores mamários e desencadear a produção de leite. No entanto, é necessário a estimulação da mamada para produzir impulsos sensitivos somáticos que são conduzidos ao hipotálamo e induz a produção de oxitocina que age sobre as células mioepiteliais, provocando sua contração e a ejeção de leite.

De acordo com os autores, a insegurança ou o medo podem inibir temporariamente o reflexo de ejeção do leite, por meio de dois mecanismos: com a inibição direta de ocitocina ou pela liberação de um antagonista, a adrenalina. A inibição permanente da produção de leite acontece por meio do FIL (Fator Inibidor da Lactação), um peptídeo identificado no leite humano. Se o bebê não mamar ou mamar pouco, o inibidor vai permanecer na mama interrompendo a produção de leite.

Portanto, ao ler esse artigo nos deparamos com informações importantíssimas sobre a amamentação, como a produção de leite dependerá mais de um controle local (mama) que da própria prolactina. Mamãe e bebê em sintonia e um posicionamento correto permite o bebe obter uma boa transferência de leite e a mãe amamentar sem dor. Cabe observar que o artigo tem uma escrita de fácil entendimento para quem já tem um conhecimento básico sobre o assunto, mas se fosse repassado para pessoas leigas no assunto deveria ser adaptado.

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