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O Anisakis e Anisaquiase

Por:   •  20/7/2021  •  Seminário  •  1.418 Palavras (6 Páginas)  •  451 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA

Discente: PEDRO CÉSAR DE SOUZA GALDINO                DATA: 18/07/2021

Instruções:

Caros alunos, por favor, pesquisem nas fontes indicadas ou em outras fontes que sejam confiáveis sobre o assunto em tela e responda as questões a seguir. 

As respostas, em arquivo word ou pdf, devem ser enviadas até o dia 18.07.21, por e-mail.

A apresentação do seminário deve ser elaborada em power point ou outro aplicativo similar. As perguntas e respostas devem estar grafadas com letras de tipo e tamanho que permitam uma leitura, sem dificuldades. É importante ter um bom contraste entre as cores das letras e o fundo dos slides. As respostas podem ser ilustradas.

Pergunta desencadeadora:

Será que uma infecção parasitária tem o poder de abalar a aquicultura?

Acredito que sim, mesmo não que diretamente, mesmo que por associação, a carne de pescado pode ser tida como fonte de doenças, para pessoas com pouco ou nenhum grau de conhecimento sobre o assunto. O que pode acontecer é a propagação de informações sem embasamento técnico, levando as pessoas há evitarem o pescado, seja de qual fonte for. Oque levaria a um grande prejuízo aos produtores.

QUESTÕES

  1. O que é anisaquíase? E como se adquire essa infecção?

Anisaquíase é uma infecção causada por larvas de vermes do complexo Anisakis simplex e outras espécies de anisaquídeos, complexo Pseudoterranova decipiens e complexo Contracecum osculatum. A infecção é adquirida pela ingestão de peixe de água salgada cru ou malcozido; as larvas se escondem na mucosa do trato gastrintestinal (GI), causando dor abdominal e, às vezes, vômito.

  1. Apresente e explique o ciclo do parasito causador.

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Os parasitas adultos vivem no estômago dos mamíferos marinhos e, após a cópula, os ovos fertilizados mas não embrionados são expelidos com as fezes. Os ovos se desenvolvem e eclodem, liberando Anisakis simplex de vida livreL3. Estes L3 são ingeridos por krill oceânico euphausiid e copépodes (hospedeiros intermediários). Peixes marinhos e cefalópodes (hospedeiros paratênicos) ingerem crustáceos planctônicos ou outros peixes e cefalópodes infectados com L3, contribuindo para a disseminação do parasita. Os L3 infecciosos (incorporados nas vísceras e músculos ou livres na cavidade corporal) são transferidos para os hospedeiros finais (mamíferos marinhos) pela ingestão de peixes marinhos e cefalópodes (no caso de golfinhos, botos, focas, leões marinhos e morsas ) ou via krill oceânico (no caso das baleias). No hospedeiro final, duas mudas ocorrem (de L3 para adulto) antes da maturidade sexual para produzir ovos, e um novo ciclo de vida é iniciado. Se peixes crus ou cefalópodes infectados com L3 são comidos por humanos, as larvas presentes na carne produzem uma infecção zoonótica, e os humanos agem então como hospedeiros acidentais.

  1. Em que áreas do mundo têm sido notificados casos humanos de anisaquíase? Exemplifique quais foram as fontes de infecção nessas áreas.

Menos de 10 casos de anisaquíase são diagnosticados nos Estados Unidos anualmente. Nos Estados Unidos, a maioria dos casos de anisakidose relatados foi devido à ingestão de salmão do Pacífico (Oncorhynchus spp.). Na Europa Ocidental, o arenque (Clupea arengus) é a principal espécie envolvida. Na Espanha, a maioria dos casos tem sido relacionada ao consumo de anchovas em conserva (Engraulis encrasicholus). É muito comum no Japão devido aos sushis e sashimis, também comum nos Países Baixos, na Escandinávia e na costa do Pacífico da América Latina. No Brasil não há notificação de casos embora haja estudos mostrando a existência de peixes contaminados como o dourado (Coryphaena hippurus), anchova (Pomatomus saltatrix), cavalas (Scomber japonicus), pargos (Pagrus pagrus) e peixe-espada (Trichiurus lepturus); e em vieiras (Pecten ziczac). Também há relatos de bacalhau importado contaminado analisado pelo Instituto Adolfo Lutz nos anos de 1997 e 1998. Entretanto suspeita-se que muitos casos não estejam sendo detectados.

  1. Como se faz o diagnóstico dessa doença? E qual é o tratamento indicado?

Pode-se diagnosticar a anisaquíase visualizando o parasita durante a endoscopia digestiva alta, que é capaz de visualizar facilmente a larva do verme dentro do estômago. O exame de fezes não é útil. Testes sorológicos estão disponíveis em alguns países.

Quanto ao tratamento, quando o verme se encontra no estômago, a sua remoção através da endoscopia digestiva é suficiente para curar o paciente. Os sintomas desaparecem logo ao final do procedimento.

Quando o verme já não se encontra mais no estômago e penetrou a mucosa do intestino, provocando abscesso ou obstrução intestinal, a cirurgia é forma mais indicada de tratar a infecção. Também há o tratamento com medicamentos, no caso, o medicamento usado é o albendazol 400 mg, por via oral duas vezes ao dia, por 6 a 21 dias. Os dados quanto a eficácia do tratamento com medicamentos é limitada.

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