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A PESQUISA COM SERES HUMANOS SOB AS PERSPECTIVAS DA SOCIEDADE

Por:   •  9/3/2018  •  1.564 Palavras (7 Páginas)  •  443 Visualizações

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Portanto para que a pesquisa seja realizada é necessário: o consentimento do paciente, a manutenção da privacidade das informações do mesmo e a aprovação pelos pares e pela comunidade.

PERSPECTIVA MÉDICA

O século XX foi marcado por enormes progressos no domínio das ciências médicas, que permitiram curar muita doenças consideradas incuráveis e sobretudo prolongar e melhorar a qualidade de vida humana.

A medicina, como uma ciência, utiliza-se de métodos empíricos para concluir qual seria a melhor forma de tratar uma patologia. É importante ressaltar que, se tratando de pesquisas na área da saúde, muitas vezes os resultados só serão precisos, se realizadas com seres humanos. O Conselho Nacional de Saúde estabelece que a pesquisa com seres humanos é aquela que, individual ou coletivamente, envolva, direta ou indiretamente, em partes ou totalmente, os seres humanos, incluindo o manejo de informações ou materiais (CNS, 1996, p.15-16). A utilização de seres humanos (sujeitos experimentais) em pesquisas científicas pode ocorrer individual ou coletivamente, sendo comum, neste último caso, a utilização de comunidades inteiras na verificação da eficácia de um determinado tratamento médico.

Pesquisas com seres humanos já tiveram seu caráter hediondo, como durante a segunda Guerra Mundial, onde milhares de pessoas foram mortas durante experiências médicas.

A primeira tentativa de amenizar as intervenções normalmente antiéticas, das ciências médicas sobre o corpo humano encontra-se no Código de Nuremberg, elaborado, em 1947, como parte do julgamento do médico nazista Karl Brand que realizou pesquisas científicas desumanas com as vítimas do holocausto. O Código passou, então, a ser um marco na limitação ético-jurídica às intervenções científicas não-consentidas. Porém, não foi somente na dominação nazista que seres humanos foram expostos a riscos de pesquisas, em 1964, em estudo realizado no Jewish Chronic Disease Hospital, células tumorais de terceiros foram injetadas em idosos, sem prévio consentimento, para avaliar sua evolução fora do organismo que as havia gerado. Em todos estes últimos casos, a atitude da imprensa foi fundamental para a divulgação de tais práticas, permitindo, pela pressão da sociedade, o nascimento de um novo campo de estudos conhecido como bioética.

PERSPECTIVA PSICOLÓGICA E RELIGIOSA

Nas últimas décadas ampliou-se a discussão em torno dos efeitos provocados na economia, na política, na mente humana e nas relações sociais pela religião.

A ciência, por muito tempo vista como antagônica à religião, por vezes tem tido seus avanços delimitados por dogmas, crenças ou valores religiosos, uma vez que não respeitar as conviccções do indivíduo é uma conduta condenada pela bioética. Respeitar as convicções religiosas do paciente adulto e capaz equivale a respeitar a autonomia e autodeterminação individual. A pessoa estando em período de tratamento médico, encontra-se num momento mais propenso a oscilações emocionais, seu psicológico é mais facilmente abalado. No caso de uma doença psicossomática: orgânica, mas com causa psicológica, a religião e a ciência operam juntas, cada qual a seu modo: a religião auxilia na recuperaçao, e a ciência, com todas as suas subdivisões, no tratamento da enfermidade. É importante que o indivíduo que está em tratamento não tenha seus princípios e valores religiosos infringidos, para manter seu bem-estar emocional.

Certas religiões tem em seus princípios, algumas particularidades que delimitam alguns procedimentos necessários para a realização de pesquisas em seres humanos. Um exemplo dessa limitação é o desenvolvimento de pesquisas com células tronco, que tem várias restrições baseadas em dogmas, além das já previstas na legislação.

CONCLUSÃO

As pesquisas científicas que envolvem seres humanos podem e devem ser executadas dentro de padrões éticos, os quais consideram as perspectivas médicas, jutídicas e éticas, religiosas e psicológicas. Para a ciência, a tecnologia não tem limites, mas a bioética deve nortear esses avanços dentro da área da saúde, uma vez que lidam-se com seres humanos com sua individualidade.

REFERÊNCIAS

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MARSICANO, J.A. Pesquisa em seres

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